sexta-feira, 30 de abril de 2010

Andre The Butcher

Informações Técnicas
Titulo Original: Andre, The Butcher
Ano de Lançamento: 2006
Duração: 87 minutos
Estudio: Velocity / Thinkfilm
Diretor: Philip Cruz
Sinopse:Quando um pequeno grupo de cheerleaders decadentes ficam presas no seu caminho para o campeonato regional elas procuram refugio em uma loja de caça no interior da Florida. Quando a escuridão cai, o terror vem sob a forma da lenda local, André, o Açougueiro. Todos os pecadores devem se arrepender. André está aqui para colher almas para o inferno.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0398927/

Trailer:



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Avaliação do Luisão (hey, hey, hey, Ron Jeremy é meu rei...)

Na sessão realizada na semana passada, estavam presentes o Erik, o André e eu... o Pedro estava de cama gripado.

Fizemos um esquenta, do esquenta, do esquenta!! É isso ae! Padoca-do-gordo-sem-pescoço, depois Bar do Ton e finalmente em casa.

Fora isso não há muito que se registrar aqui no blog. Então vou fazer um breve preâmbulo, abordando um tema que nunca comentei aqui, e que vai explicar a escolha do filme da semana.

Dos integrantes da cúpula macabra, o Pedro, o Erik e eu somos orkuteiros de carteirinha e participamos de várias comunidades relacionadas a filmes de terror. Destaque para as comunidades “Trash, Gore e Terror em Geral (TGTG)”, “Zumbis e mortos-vivos”, “Horror Oriental” e “Boca do Inferno” entre outras.

Essas comunidades, das quais eu pessoalmente já participo há mais de cinco anos, e já postei muito, servem de fonte de informação de filmes novos, dicas, debates, compartilhamento de torrents e discussões venais. Mas o nível delas oscilou muito, e de uns dois anos pra cá, a decadência das citadas comunidades se acentuou a ponto de que hoje pouco se aproveita.

Dois meses atrás recebi um convite pra participar de uma comunidade nova, pequena (atualmente tem 42 participantes apenas), discreta, fechada e moderada com mão de ferro. Confesso que fiquei envaidecido com o convite, porque ali estão os melhores foristas das comunidades citadas acima. Que eu conheça, é a nata do orkut no quesito filmes de terror, gore, tosquices e bizarrices diversas. Discussões, no bom sentido do termo, com nível cultural elevado.

Pois bem, e é de lá que fiquei sabendo da existência do filme, seguida da vontade de assistir este André, the butcher.

A criadora e moderadora da comunidade em apreço, a Shunna, tratada pelos integrantes por Milady, abriu um tópico sobre esse filme com o comentário que me permito transcrever (o texto está recheado de spoilers):

Fujam desse... a não ser se vocês não liguem para a história idiota, para os diálogos ridículos, pros péssimos atores e vejam só o gore e "os peitinhos"!

Esse slasher-comédia foi escrito e dirigido por um cara chamado Philip Cruz e só me interessei porque era com o Ron Jeremy (Zombiegeddon) no "papel título".

Se é que tem, "a história", é assim:
Três cheerleaders estavam indo no carro de um amigo para uma competição na Florida e batem com o carro.

Eles foram a pé até uma fazenda para procurar ajuda e onde encontram a casa fechada.

Uma das garotas achou uma janela aberta e acabaram conseguindo entrar.

Essa casa era do Andre, um cara imenso usando uma máscara de soldador, que tinha saído para caçar gente e fazer mais salsichas e chili .

Chegaram também na fazenda dois prisioneiros foragidos, um policial coroa e tarado, uma policial feminina... e mais tarde o Andre.

E é obvio o que acontece, né?

A única coisa que presta no filme é ver o Andre comendo casca de ferida, do seu próprio braço!

E para quem curte, as garotas além de dar um show de nudez, dão outro de lesbianismo quando brincam de passar comida uma na outra para lamber.

E até o chili beans do Andre vai parar nos dedos dos pés de uma delas para ser devidamente lambido!

A sinopse do filme está brilhante, é isso ai mesmo nem vou ter o trabalho de escrever mais nada. Quanto a opinião pessoal dela, eu discordo em gênero, número e grau. Quer dizer, nem tanto assim, porque o filme realmente é tosco... uma paródia de slasher. Mas foi lendo o comentário acima transcrito que fiquei louco pra assistir essa pequena pérola.

Primeiro ressalto que a legenda que o Erik conseguiu foi em português de Portugal... então rolavam uns “cabrões”, “cagatolas”, bófias, etc... toda hora.

Mas ao contrário da ilustre colega forista, eu me diverti muito com esse filme.

Estávamos em três amigos, um mais idiota que o outro, e muita cerveja, ai o filme funcionou que foi uma beleza... sabe o famoso "embelezador", quando mais você bebe mais a pessoa vai ficando bonita aos seus olhos...então, pode ter sido esse o motivo da gente se divertir tanto, rsrs

O filme é pastelão, mas tem várias sacadas muito divertidas, como o braço do Andre que toda hora é arrancado e ele vai costurando/grampeando, etc... a dancinha dele depois que mata, ou a comemoração com os braços pra cima como se tivesse marcado gol... ele comendo as próprias feridas enquanto vê televisão.... cozinhando usando a máscara de solda... a cheerleader gorducha... a luta final com a cheerleader ninja... o corpo que está pela metade com as vísceras de fora, e o cara ainda vivo pedindo “kill me, kill me...”, etc, etc... ou seja, pequenas bobagens que na experiência coletiva da sessão funcionaram!

E o que dizer sobre Ron Jeremy??? O cara já fez mais de 1.500 filmes pornográficos, fez cenas explicitas com atrizes lendárias do gênero como Traci Lords, Ginger Lynn, Amber Lynn, Seka, Annete Haven, Cicciolina, Vanessa Del Rio, Moana Pozzi, e mais umas 1495 mulheres... além de diversas participações em filmes “sérios”. É um ícone pop. Fez uma ponta em um filme maravilhoso como Poltrygeist... é gordo, baixinho, peludo, bigodudo, mas muito engraçado... um verdadeiro traste.

Portanto, aos leitores dessas linhas, deixo o livre arbítrio de decidir em assistir ou não. Eu gostei muito, e hoje está no meu Top 5 do ano até agora... mas só estamos em abril ainda...

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Avaliação do Erik (Hey Hey Hey! Ron jeremy é NOSSO rei!).

Para que alguns filmes sejam devidamente apreciados, a pessoa tem que ter aquele “gene” pra entender o espírito da coisa. Pra sacar que a beleza de um “Toxic Avenger”, ou a inteligência de um “Evil Dead”. E se você não tem essa pecinha desparafusada no meio dos miolos, certamente vai achar “Andre, the Butcher” um perda homérica de tempo. E voce terá toda a razão! Mas se você tem a sensibilidade pra apreciar uma sátira de slasher, com história esdrúxula, recheada de atores péssimos, com um montão de sangue gratuíto e nudez sem sentido.... SIGAM-ME OS BONS!!!

Não vou nem disperdiçar seu precioso tempo entrando nos detalhes da paupérrima história, pois isso não é importante. Basicamente são um grupo de cheerleaders que vão parar na casa do tal Andre, interpretado por, nada mais nada menos, que Ron Jeremy! O judeuzinho baixinho e barrigudo mais invejado da humanidade! O cara é uma lenda! E obviamente ajuda a vender o filme. Aliás. Destaco aqui que em 98% das cenas em que o Andre com a agora clássica máscara de soldador aparece, Ron Jeremy não se deu nem ao trabalho de atuar. Claramente colocaram algum outro fulano, e o Jeremy só aparece de fato quando a cara dele é mostrada. Isso é que é uma bicha vagabunda!

Pois é... juntando a trupe de cheerleaders que chega na casa do Ron, aparecem um policial veião e tarado, uma mina policial durona e dois fugitivos da cadeia. Daí pra frente é ladeira abaixo. No bom sentido.

Destaque disparado pro fulano que fica pedindo pra morrer, e pras comemorações do Andre, the butcher cada vez que matava alguém.

Filme pra se ver exatamente como foi nosso último encontro. Bebendo um montão de cerveja, dando risada das tosqueiras, celebrando os peitinhos que apareciam e deixando o André (nosso confrade, não o butcher) falar mais que a boca!

Difícil de recomendar um filme assim. Se você quer filme sério... fuja. Se quer boa produção e um mínimo de enredo... fuja. Se você não sabe quem é o Ron Jeremy... fuja. Se não aprecia peitinhos... fuja. Mascarados assassinos são coisa do passado? Fuja. Crítico de cinema? Fuja. Mais que 4 neorônios funcionando? Fuja.

De resto, é abrir mais uma latinha e deixar o cérebro na prateleira antes de ligar o dvd.




quinta-feira, 22 de abril de 2010

Zombies Of Mass Destruction

Informações Técnicas:
Titulo Original: Zombies of Mass Desstruction
Ano de Lançamento: 2009
Pais de Origem: EUA
Tempo de Duração: 92 minutos
Diretor: Kevin Hamedanj
Sinopse: A vida é maravilhora para a população tranquila, na ilha de Port Gamble... até a liberação de um vírus zumbi!

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1134674/

Trailer:



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Avaliação do Luisão (felizão: encontrei finalmente um sucessor para o Romero)


Apenas quatro noites depois do “O Massacre”, aquele filme “muito da bicha vagabunda”, nos reunimos novamente para nossa sessão semanal. Parece que agora engrenou a QM 2010, a assiduidade está impressionante, estamos no 14º filme do ano, o que não é nada mal.

O pré-esquenta dessa noite não foi no Bar do Ton. Sim, variamos! Dessa vez fomos na “padoca do gordo sem pescoço”, um lugar que o Erik e eu as vezes tomamos uma cervejinha rápida, mas nessa noite eu achei meio barulhento e pouco aconchegante, mas bele, o que importa é quebrar a rotina. Mas não se engane, todo o resto foi igual, rsrsrs...

Vamos a película. O filme que nós escolhemos originalmente foi o Case 39, um sobrenatural com a Renee Zwelgdargdar, mas deu pau no som do filme... mais um que não funcionou, problema técnico corriqueiro do evento, he, he...

Bem, eu tinha interferido a favor do Erik que esta noite não estava presente, propondo ao resto do grupo de não assistirmos o Zombie of Mass Destruction (doravante apenas ZMD) nessa sessão porque sei o quanto o Erik ama zumbis, quase tanto quanto eu, e gostaria de estar presente. Mas o destino não ajudou. Case 39 não funcionou, partimos para o ZMD. Eu ia propor um outro filme que minha prima de Jacareí me emprestou, mas achei melhor me recolher...

Vamos lá. Esse filme foi escrito e dirigido por um diretor novo chamado Kevin Hamedani e consta na net que este foi o seu primeiro filme.

Na verdade entendo que é um filme “com zumbis” e não de zumbis, eles são quase que figurantes, ou melhor personagens secundários.

Grata surpresa. O filme é engraçado, inteligente, tem crítica social, um pouco de gore e escatologia a la Fome Animal, ... resumindo fódão... caraio, gostei muito desse filme!

Ah, e deixo claro que não é uma comédia, antes que venha o Zé Ruela do Pedro e fale que é um “terrir”, (pra ele tudo é Terrir!!!), mas tem horas que a gente rola de rir!

Vendo o filme eu lembrei que a gente ficou duas semanas atrás chorando porque o George Romero "não é mais o mesmo" que “a pipa do vovô não sobe mais”, etc, e bem ali tem um cara que pode até dar continuidade ao legado do mestre.

O filme se passa "nos dias de hoje" mas tem um visual levemente retrô, parece filmado nos anos 80. É ambientado em uma daquelas cidadezinhas pacatas dos Estados Unidos, onde todo mundo se conhece, mas que têm cabeça de vento.

Passamos a acompanhar o dia-a-dia de Frida, nossa heroína, uma garota muito bonita, mas que tinha conflitos de identidade porque era meio americana meio iraniana/iraquiana/beduína/árabe, sei lá... uma dançarina do ventre ae!!! Seu pai que era o iraniano/iraquiana/sírio/armênio, sei lá... um Borat ae! E ele queria que ela "se comportasse" como uma... desse povo ae que come quibe.

E mesmo que ela não seguisse os costumes do seu povo, tinha sempre alguém que a chamava de "iraque". Até o imbecil do namorado.

Tem também um casal de gays, que só um deles era da cidadezinha feliz, ou outro não era, mas nenhum dos dois morava lá. Eles tinham ido finalmente contar a verdade da opção sexual escolhida para a mãe de um deles. (só esses dois quase que já valem o filme!). A caracterização dos gays não é forçada como em qualquer Zorra Total da vida, mas mesmo assim engraçada.

Outro personagem que se junta eles é a professora, que tinha horror a armas e à violência.

Como em toda cidade pequena, existem líderes nessa também... um era o prefeito republicano todo político, que vivia se auto promovendo. Seu único amigo e aliado era o pastor da igreja, que fazia lavagem cerebral dos fiéis com seus sermões preconceituosos.

Ainda tinha um imbecil canadense que era americanófilo e também preconceituoso ao extremo. Vocês leram que ele era canadense??? Então, tá... ele era casado com um alcoólatra burra e que tinha um filho bocózão.

Bom aí algumas pessoas morrem e viram zumbis, que vão mordendo e contaminando outras, comendo gente, etc e tal! Aquele típico momento divertido e bonito de se ver, que tem em todo filme de zumbi que presta.

E a TV diz que tudo era devido a um vírus que os terroristas haviam lançado no lugar!

Enfim, um filmaço ácido e bem divertido.

Destaques: cena da mãe do casal gay que come o próprio olho. Aliás, a cena do jantar me lembrou o jantar do Fome Animal.

O Iraniano-pai gritando "Friiiiiiidaaaaaaa" com um facão na mão e detonando zumbis foi a cereja do bolo!!! He, he, he...

O pregão no pé da Frida, que nesse momento percebi que devia chamar Sofrida... ta, não teve graça, e tal...

Tratamento “ludoviko” a la Laranja Mecánica nos zumbis ou ainda a tentativa de exorcizar o demo no corpo de um zumbi.

Recomendadíssimo!!! Sério candidato na minha lista dos 5 mais de 2010.

E tal!
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Avaliação do Erik (O pé frio!).

Após muito divagar a respeito, cheguei a conclusão que dou um azar da porra! Sempe que não estou presente, tem filme bom na parada! Acho que vou começar a participar da QM por vídeo conferência pra ver se damos mais sorte na escolha dos filmes.... afinal os filmes desse ano tem deixado bastante a desejar.

O filme tem tudo para agradar os apreciadores de filmes de terror, principalente a vertente zumbizística (eee..inventei uma palavra!!) do gênero.

Estreando na direção, Kevin Hamedani, que também escreveu a bagaça, prova mais uma vez que falta de dinheiro não é desculpa pra filme ruim.

O filme arrasa com todos os estereótipos das típicas cidadezinhas redneck americanas. (Nunca fui pra lá... mas juro que deve ser assim!!!! Rss..) Sobram farpas pra todo mundo: fanáticos religiosos, falsos moralistas, políticos bairristas, anti-gays, e anti-tudo que for diferente. Detonando com precisão toda espécie de fobia que foi legitimada pelos ataques terroristas mais famosos do mundo.

Spoilers moderados
O filme é engraçado, sem ser “engraçadinho”. Destaco aqui o jantar com a mãe que vai virando zumbi... e come o próprio olho, homenagem clara ao mega-cráááássico “Fome Animal” (se você ainda não assitiu.. corre pra locadora.. ou pro site de download mais próximo), e também a sequência em que a iraquiana do Irã (que na verdade tem cara de indiana...) é torturada pelo fanático americano ... que é canadense.. hehe
Isso é que é globalização.

A máquina de “desengayzar” (invetei mais uma! Hoje eu tô um Aurélio!!!) também é hilária e merce destaque.

Faltou uma cena mais escatológica de banquete zumbi... mas como eu já disse antes em alguma avaliação.. não se pode ter tudo nessa vida
... e tal.
Fim dos Spoilers moderados

Os zumbis são estilo Romero, lentos, mas ninja na hora de morder alguém. E as cenas mais gore são melequentas e divertidas.

Eu colocaria o filme no meio do caminho entre uma sátira mais comportada, como “Shawn of the Dead”, e uma lambança total estilo TROMA ou “Fome Animal”. Fica agora a curiosidade quanto ao caminho que o diretor Kevin Hamedani vai seguir a partir daqui. Tem tudo pra seguir os passos do já consagrado Jake West, que já alegrou nossas QMs com “Evil Aliens” e “Doghouse”.

Gostei muito e recomendo. E chame o reverendo da sua cidadezinha pra assitir junto.

sábado, 17 de abril de 2010

The Slaughter

Informações Técnicas
Título no Brasil:
O Massacre
Título Original: The Slaughter
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 96 minutos
Ano de Lançamento: 2005
Site Oficial: http://www.theslaughtermovie.com
Estúdio/Distrib.: Paris Filmes
Direção: Jay Lee

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0498386/

Trailer:

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Avaliação do Erik (Que nunca mais vai aceitar sugestão de prima).


Com a volta definitiva do nosso amigo de fé e irmão camarada André Mozão da sua aventura caiçaca, começamos a QM dessa semana com um beeeelo de um pré esquenta na sub-sede... mais conhecida como Bar do TOM. Pré-esquenta do qual não posso falar muito, já que eu não estava presente... afinal.. alguém tem que trabalhar nessa vida!

Como a QM dessa semana acabou ficando pra sexta-feira, devido aos compromissos do Pedrones e do Luisones, ficou decidido que levaríamos as respectivas esposas pra compartilhar da nossa singela e aclamada sessão semanal de bebedeira, sangue e vísceras. Como todos já disconfiavam, a Lucelia (Senhora Pedro) e a Carla (Senhora Erik) se mandaram antes do filme começar, deixando assim a Paula (Senhora Luís) novamente sozinha pra enfrentar a balada. E sabiamente ela recolheu-se aos seus aposentos antes do início da sessão também. Digo sabiamente porque ela escapou de mais uma homérica bomba escavada pela cúpula macabra.

Como o esquenta havia sido mais que animado, chegamos a acertada conclusão que de nada adiantaria queimarmos nossos já judiados neorônios com um filme sério e inédito. Sem muito empasse, concordamos em FINALMENTE rever o cráááássico de Mario Bava DEMONS, filme do qual sou particularmente fan!

Bora todo mundo pra sala pra ver o bendito filme, sendo maioria ainda conseguia chegar na sala sem se apoiar muito nas paredes...

Qual não foi nossa surpresa ao perceber que, por alguma configuração misteriosa do aparelho de dvd do Luizão, o filme não estava com a legenda aparencendo da forma correta. Se a gente estivesse 78% menos embriagados, provavelmente resolveríamos o problema de bate-pronto. Mas como a vaca já tinha ido pro brejo, cogitamos até abortarmos a missão de ver filme e voltarmos pra bebedeira. Foi quando chegou o Luisão todo serelepe com esse tal de “The Slaughter”, sugestão da prima do rapaz. Sem nenhuma resistência, com todo mundo já cansado e com preguiça de procurar outra solução... vamo que vamo nesse mesmo!

O destino nos avisava! Deviamos ter seguido umas das premissas áureas da QM e ido direto pro Zé do Caixão... mas não tivemos essa sorte.

Visivelmente uma produção amadora e de baixo orçamento, essa porcaria de filme mostra um grupo de estudantes que arranjam um emprego pra limpar uma casa, já planejando meter festa nas horas vagas. A sequência inicial, com um ritual estranho e uma mulherada com pouca roupa, é a melhor parte do filme. De resto nada se salva.

Com referências mais do que claras ao crááááássico The Evil Dead, os pamonhas encontram na casa um livro dos mortos, feito com pele humana. Capítulo um: Como despertar um Demônio Maléfico. Vocês já imaginam o que acontece depois disso né?

Não quero nem enumerar muitos detalhes e/ou destaques (será que tem algum??) do filme, pois a essa altura do campeonato a gente já não estava mais nem aí pro dito cujo, tal o descaso dos integrantes presentes para com esse desperdício de dvd e capinha.

Vasculhando pela net, descobri que o carinha que fez essa atrocidade, fez também “Zombie Strippers”, um filme danado de bão, o que prova que as pessoas aprendem algumas coisas nessa vida.

Resumo da ópera. Fuja desse filme... vá ver novela, jogo de futebol, big brother... sei lá. Vá dormir, ler um bom livro ou procurar pornografia na internet... mas não perca minutos preciosos da sua vida com essa porcaria.

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Avaliação do Luisão (e como diz a Marli: a noite é uma vaca preta... e tal!!!)

Semana corrida no trabalho de uns, na vida social de outros, agendas conturbadas e finalmente uma Quarta Macabra caiu de sexta-feira. Acho que só falta cair em um domingo pra completar macabras em todos os dias da semana.

Bom, já que só tínhamos a sexta feira para matar a vontade de ver um pouco de gore, violência e surpresinha no final, resolvemos fazer desta sessão um evento temático inédito: Quarta Macabra, “A Noite das Namoradas-morta-vivas”, ou ainda, “Os Macabros também amam”. Sim, todas as namoradas estavam lá...

Como o André é atualmente o único solteiro do grupo, o Marcão quebrou o galho dele e foi lá fazer par com ele.

Esquenta a moda antiga, com inicio no Bar do Ton (o esquenta do esquenta), depois mais esquenta em casa. Como no dia seguinte seria sábado, extrapolamos nesses esquentas antes de ver o filme, e conseqüentemente ficamos muito mais bêbados que o normal (já não é pouco normalmente) e a sessão começou muito tarde.

Previamente tínhamos decidido assistir o Demons do Lamberto Bava (filho do diretor Mario Bava e assistente do Dario Argento), filme como diz o Erik “cráááááássico dos 80 e tal!” que quase foi assistido na última sessão do ano passado, a de número 100.

Bem, também não foi dessa vez. A legenda da minha cópia de Demons era grudada na imagem, e ficava fora da tela da Tv... e como tinha quatro bêbados em casa e ninguém conseguiu achar o botão de Zoom, ou qualquer outro comando que resolvesse o problema... tivemos que mudar de filme.

Detalhe: o filme é falado em italiano... sem legenda complica um pouco.

A escolha foi traumática. Dica minha. Pior, dica de uma prima minha de Jacareí, ou seja, culpa minha!!!

Filme ruim, ruim, ruim... nada presta, candidato a não entrar na votação de fim de ano por ser “our concours” na categoria Pior Filme de 2010 na QM Awards.

Imitação barata do Evil Dead, grupo de jovens vai fazer uma espécie de obra em uma casa abandonada, acham um livro velho (parecido com o Necronomicon) lêem em voz alta, e solta uma “demonha pelada” muito feia, mas com uns abacatões...

Eu adoro tosquices e tranqueiras. Acho graça de tudo... mas esse não deu pra curtir não. O filme é uma piada de mau-gosto, onde nada salva (tirando os melões da demooooonha!!!)

O problema é que não tem graça, nem gore, nem correria, nem susto, nem medo... assistir o clipe Betulina dá muito mais medo.
É um filme muito do "bicha vagabunda".

O Pedro simulou o Luizinho e drumiu!!!

Fujam... melhor assistir a biografia do Ricky Martin ou Jonas Brothers 3D. Quer dizer... não!!! Nesse pelo menos temos os peitchões da demonha, lá só três líberos sim!!!

E como diz a Marli: “Eu vou ajoelhar e rezar por ti... e tal!!!”



quinta-feira, 8 de abril de 2010

Survival of The Dead

Informações Técnicas
Título no Brasil:
Survival of the Dead
Título Original: Survival of the Dead
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Direção: George A. Romero
Sinopse: Em uma ilha ao largo da costa da América do Norte, os moradores locais ao mesmo tempo lutam contra uma epidemia de zumbis, enquanto esperam por uma cura para seus parentes contaminados.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1134854/

Trailer:

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Avaliação do Luisão (zumbi não morde cavalo... interdita o véio!!!)

Sabe quando você tem um amigão, que de repente vem com uma novidade muito legal, inesperada, impensada, quanto ao rumo profissional??? E você fica muito feliz com essa novidade??? Pois é, vivenciamos uma situação assim essa semana, que quando for autorizado pelo amigo, contarei aqui em primeira mão essa novidade!

(Off: Andrézão, Mozão, Dézão Bonesso, gorducho mais que querido: Parabééééééééns Totaaaaaaaaaaaaaaaaaaal!!! Estou orgulhozaço de você! Mas lembra sempre do meu conselho: Amon Amarth não é surf music!)

Quarta Macabra muito especial na noite passada. Finalmente o Pedro conseguiu legenda para o Survival of the Dead, sexto filme da saga de zumbis do velho fumante e viciando em café George Romero. Arrasa-quarteirão que atropela qualquer lista de filmes na espera, sem votação, nem choro, nem vela.

Mas antes da sessão, estávamos lá no esquenta o Erik, Pedro e eu, quando toca a campainha de casa. Vou atender e não tinha ninguém no portão. Como já estava meio avariado, ainda perguntei pros dois: “Tocou a campainha, não tocou?” “Siiiiim” foi a resposta da dupla de dois. Bom, volto pra mesa, e a campainha toca de novo. Vou lá e ninguém no portão. Caralho, nessa hora já fiquei cabreiro, afinal nas quartas macabras tudo pode acontecer...

Quem seria o espírito brincalhão na campainha? A Natre? A Sadako? a Kayako? a nina Medeiros? O Lâmia? Um Gollun do Dedé? A velha sugismunda do Coming Soon? A Jennifer (essa, bem que podia ser)... Não, nenhum desses... era o André, que estava escondidinho (se isso for possível). Visita surpresa, diretamente da praia. Não preciso comentar que só essa surpresa já valeu a noite.

Assim, como qualquer outro acontecimento do esquenta ficou ofuscado (tirando que o glorioso Tricolor paulista se classificou para as semifinais e o curintinha se fudeu), vou finalmente tratar do meu assunto preferido: Zumbis!

Depois de uma trilogia consagrada (Night, Dawn e Day of the dead), realizada em espaçado período de tempo, a qual simplesmente norteou todo o folclore, criou o cânone e as idiossincrasias dos mortos-vivos comedores de humanos, o bom velhinho Romero, lançou em 2004 um quarto filme temporão, o Land of the dead, que dá seqüência aos acontecimentos, e gostem ou não do filme, é bem coerente com o conjunto de sua obra.

Até aqui tudo lindo, céu azul e sinais verdes. Mas a primeira nuvem surgiu no horizonte com a produção do quinto filme da saga, o Diary of the dead, visto numa Quarta Macabra em 2008 e devidamente avaliado aqui no blog. Pro leitor se situar, este Survival of the dead, não tem relação direta com a quadrilogia original (“Night”, “Dawn”, “Day” e “Land”), mas é uma seqüência direta do Diary of the dead, do qual comentei aqui o seguinte:


“Romero quis fazer um filme diferente dos outros que ele já tinha feito, moderno, seguindo um estilo de filmagem que entrou em moda novamente após Cloverfield e [REC]... e antes desses, The Last Broadcast, Bluxa de Blair e Cannibal Holocaust.

Esse filme NÃO é parte da trilogia (ou quadrilogia), mas podemos encará-lo como "uma visão dos primeiros momentos em que os mortos se levantaram". Pensando nisso somente (no acontecimento "Os mortos levantaram") podemos até encará-lo como um prequel do Night of The Dead... Como eu queria vivenciar esse momento, rsrs...

Mas não há qualquer relação direta com a trilogia, até mesmo por conta da cronologia (o filme é passado nos dias de hoje). Apenas em termos de situação, esse filme estaria antes de todos os outros (em Diary os primeiros casos de mortos voltando tinham acabado de acontecer. O mundo ainda estava "normal". Na trilogia, a coisa já estava mais generalizada).”


Copiei aqui esse trecho porque o Survival parte desse contexto criado pelo Diary. Sai a filmagem em primeira pessoa, mas mantém-se o momento e o contexto. O survival apesar de ser ambientado nos dias atuais (lap tops, roupas e veículos denunciam isso) dentro da saga começaria no sexto dia do levante dos mortos. Se o Romero respeitasse sua obra ao pé da letra estaríamos nos idos de 1969, e o figurino seria dessa época. Mas com certeza isso encareceria o orçamento, e dinheiro nunca foi o forte das produções romerianas.

Superada essa “liberdade poética” do Velhaco Romero, passamos a analisar prós e contras de Survival.

O filme é ambientado em uma ilha, o que torna interessante a gama de possibilidades a serem exploradas pelo roteiro, com os humanos ali refugiados, vez que, nos outros filmes do Romero, o grande objetivo de refúgio seguro sempre foi chegar até uma ilha, o que os personagens dos outros filmes nunca concretizaram (fora o remake do Dawn of the dead, mas ai é remake!).

Nesta ilha acompanhamos dois núcleos de personagens, um composto de militares mercenários e outro por duas famílias fazendeiras rivais que já no inicio entram em atrito frente a triste missão de dar pipoco em duas meigas crianças-zumbi. Acaba um dos núcleos de familiares expulso da ilha, sendo que o velho patriarca do clã quer voltar pra Ilha Plum. O roteiro basicamente é esse.

Sinceramente achei o filme bem divertido, os atores não são ruins (mas também não são bons, he, he), ao contrário do Diary não tem câmera tremilicante. O cenário é muito legal, foge dos clichês, pois quase sempre a ação se passa ao ar livre e tem muito gore. Infelizmente tem também bastante CGI o que passada a impressão inicial até que não me incomodou tanto, tirando um tiro ao alvo desnecessário em cabeças empaladas.

Mas é claro que "os puristas" vão detestar!

Na estória, o grupo de soldados mercenários, liderados por um canastrão que aparece também no Diary of the Dead assistiram um vídeo com um velho falando sobre uma ilha paradisíaca perto de Massachusetts , a Plum Island , onde a zumbizada ainda estava "controlada". (o velho é aquele patriarca que mencionei ai em cima que foi exilado da ilha e quer voltar).

Então os mercenários resolveram ir para essa ilha. Roubaram um ferry daqueles que transportam carros e tocaram pra lá. E o "velho do video”, se juntou a eles... ah, e o ator que canta “libero sim” também.

Como já comentei esse velhinho era o chefe de uma das famílias rivais que há séculos dividiam a Ilha de Plum (que nomezinho infeliz!!!). Ele tinha sido expulso da ilha por um outro velho (segundo o André, velho parecido com o Marlon Brando... mas só se for depois da dentada de um T-Rex), que era o chefe da outra família, os Muldoons (algo assim). Lembrando que o Romero é velho também... temos aqui um filme de zumbi da terceira idade. Só faltou um bingo na ilha!!!

A desavença do inicio do filme ocorreu porque eles tinham “teorias diferentes” de como lidar com os zumbis: o velho exilado matava os eventuais zumbis da ilha com o tradicional tiro na testa e o velho-marlon-brando achava que poderia “educar”, ensinar aos zumbis a não comerem mais as pessoas.

Várias cenas boas vão surgindo nessa volta a ilha. É muito legal a cena do carteiro zumbi acorrentado, colocando e recolhendo eternamente as cartas em uma caixa de correspondência.

Sacrifícios são constantes, se o cabra foi mordido, toma pipoco do amigo sem dó. E mais, morreu de morte morrida vira zumbi, não precisa ter sido infectado.

Tem um lago na ilha, que é um criadouro de zumbis... em determinado momento um de nossos heróis tem que atravessar a nado, e os zumbis vão atacando e ele se esquivando, tipo Tarzan com os crocodilos. Ai pra se desvencilhar de um zumbi aquático o mané arranca um dedo na mordida... péssima idéia, concordam?

Tem também um personagem que vira corda de relógio cuco com um zumbi, ficando pendurado de ponta cabeça, frente a frente com o fedegoso, rsrs... Ah, e o que o pessoal é ruim de pontaria nesse filme, nem se fala.

*** Alguns Spoilers ***

Na minha opinião, a pior coisa do filme inteiro foi quando baixou o Manoel Carlos no George Romero (eles até se parecem fisicamente) e descobrimos que a Zumbiza Amazona que todo mundo quer pegar tem uma irmã gêmea que não é zumbi, tipo Rutinha e Raquel. E tem uma conversinha comovente de tão chorante entre a gêmea boa com o pai que é o “velho do vídeo”.

Mais parece que Romero teve a idéia das irmãs gêmeas no decorrer do filme. Pois no começo o “velho do vídeo” diz várias vezes que deixou uma filha na ilha, nunca no plural. Ai, para corrigir a lambança, fez a gêmea boa dizer que o pai tinha preferência pela outra... ai, ai...

Outra coisa que se eu fosse o Romero teria corrigido na edição: cortaria todas as cenas com o moleque “libero sim”. Ele é feio, chato e bobo. Parece o Serginho do BBB 10. Colocar ele como um pistoleiro bom no gatilho foi um equivoco imperdoável, é uma idéia que consegue ser mais difícil de acreditar do que a própria existência de zumbis.

Outro detalhe: a única mulher sobrevivente na ilha é a militar sapatão. Vai ter que rever seus conceitos!

Odiei que no final a gêmea-zumbi morde o cavalo, e rola um banquete com o coitado. Romero: vai cagar!!! Zumbi não ataca animais... é predador de ser humano!!! Ai você pisou na bola, seu caduco!

Meu polêmico veredicto: esperava muito mais de um filme de zumbis do George Romero, mas eu gostei. Fui dormir feliz.

Sou muito sincero em afirmar que prefiro o Survival ao Diary, que com aquela câmera tremilicante descaracterizou totalmente o estilo Romero de filmar, e parece filme de moleque. Nesse ele volta à narrativa convencional, deixando de lado os personagens adolescentes do Diary, embora tenha adicionado à trama o “libero sim”.

E quanto ao controverso uso de humor nesse filme, acho um erro qualquer classificação deste filme no subgênero “Terrir”. Não é! O Romero faz umas papagaiadas no Survival concordo, como o “zumbi-cabeça-do-motoqueiro-fantama”, a “pesca de zumbis”, etc... Mas, já tivemos humor pastelão em seus filmes. No aclamado Dawn of the dead, temos uma guerra de tortas na cara... em zumbis!!!

Mas tenho certeza que meus colegas macabros afirmarão o contrário, o que é bom, faz tempo que não discordamos aqui no blog... está um marasmo até. Nossa sensibilidade quanto aos filmes do Romero é muito diferente, e vai aparecer de forma gritante nas avaliações.

Conselho: assistam e tirem suas conclusões.

De qualquer forma, vamos dar mais um “viva” aos zumbis!!!
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Avaliação: Pedro (Que não aliviou pro Vovô)


Caros amigos, essa semana tivemos um esquenta diferente, nosso amigo André resolveu levantar da tumba e deu o ar da graça em uma visita surpresa, e escolheu bem o dia para fazer isso, logo no dia que tínhamos um puro sangue para assistir, mais um filme daqueles que não tem como errar... PORRA é um Legitimo George Romero PORRA !!!!!!!!!!!!!!! não tem erro... PORRA, é impossível....

Pois é caros leitores, quanto mais eu faço essa afirmação acima mais me surpreendo, nosso mestre máximo, George Andrew Romero, o mais lendário e aclamado realizador de filmes de Zumbi, deve estar ficando gagá... alguém interdita esse véio e proíbe ele fazer filme para o bem da obra magnífica que ele produziu, é um pecado manchar uma carreira tão brilhante com filmes com Survival of The Dead.

Dessa vez vou ter que burlar a clausula pétrea da Quarta Macabra “ NÂO FALARÁS MAL DE FILME DE ZUMBI” pior ainda vou falar mal de um filme do Romero... o menino Jesus vai chorar por uma semana.

O Filme é uma bomba, muito fora dos padrões que estamos acostumados a ver na franquia dos “of the dead” tá certo Romero sempre coloca uma critica social embutida nos seus filmes e nesse não foi diferente, o seres humanos sempre são a principal ameaça, e não os zumbis. No começo do filme ficamos tentando localizar o filme no tempo, como se toda a franquia fosse uma invasão só, chegamos a conclusão que Survival se passa logo após o Diary e que entre os dois está o Night... deu pra entender ? Não ? então deixa pra lá, essa é uma discussão que só geek leva a frente e que pra grande maioria não faz a menor diferença.

Bom, Survival se passa alguns dias após a invasão zumbi basicamente em uma pequena ilha no estado de Delawere dividia por duas famílias tradicionais, cada uma chefiada por um veio rabugento que brigam por pontos de vista diferentes, um quer pipocar todo e qualquer zumbi da ilha para tornar a ilha habitável, e o outro quer usar os zumbis como mão de obra e tenta fazer com que se alimentem de animais ao invés de humanos talvez esperando uma cura para eles.

Os atores não convencem, o filme é cheio de CGIs mal feitos, várias cenas beirando a comédia, como por exemplo na cena que um sinalizador é jogado no peito de um zumbi e a cabeça dele pega fogo, me fazendo lembrar o “Motoqueiro Fantasma” e o soldadinho herói aproveita pra acender o cigarro na cabeça incandescente do nosso amigo zumbi. Não teve cerco, não teve suspense, não teve clima de tensão. Até a caracterização dos zumbis eu achei ruim.

O filme foi feito “talvez” propositalmente com uma aura de filme dos anos 80, o tipo de dialogo, estilo de filmagem etc... isso não afetou, e pra dizer que o filme não teve nada de bom, gostei de algumas cenas clássicas que estavam presentes, como o banquete zumbi, a idéia de que basta morrer para virar zumbi, não precisa ser mordido.

Enfim, não recomendo... Luis não fique bravo comigo, continuo sendo muito fã do vovô Romero, desde que ele fique em casa enchendo o saco da véia dele e curtindo a aposentadoria na Florida e não se meta a fazer cagadas como Survival.
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Avaliação do Erik (Que vai abrir um McZombies, com cardápio diversificado).

Quarta Macabra com filme de zumbis é sempre uma alegria! Ainda mais com visita surpresa e ilustre do nosso confrade caiçara Andrézão, que agora parte pros caminhos da fama!!! Brincadeiras a parte, boa sorte procê mano!

Alegria redobrada quando o filme é mais uma pérola do vovozinho George Romero, o pai de todos os zumbis!!! Depois da decepcionante safra de filmes que degustamos ultimamente, “Survival of the Dead” parecia ser a pepita de ouro que incessantente garimpamos na Serra Pelada dos filmes de terror! (Caceta... brega mas bonito isso... rs).

E não é que a tal pepita revelou-se, na verdade, ser apenas mais uma pelotona de pirita, o ouro dos tolos?

Das duas uma. Ou nosso respeitado bom velhinho (que não é o Papai Noel) está meio que se achando acima do bem e do mal, e resolveu introduzir elementos meio controversos na mitologia que ele mesmo criou, ou ele está simplesmente abilolando das idéias.

Na verdade, o que eu achei mais triste no filme, foi uma certa falta de criatividade. Ou excesso dela. Os mais fanáticos pelo gênero certamente vão me apedrejar pela afirmação, mas acho que a pipa do vovô não sobe mais, ou seja, a fonte secou. Gosto das teorias que ele agrega em cada um de seus filme, como os zumbis aprendendo tarefas simples, retonando a fazer coisas que faziam antes de morrer, ou surpreendendo todo mundo andando sob a água. Mas aqui ele viajou no xis-bacon grandão.

Fazendo um resumo bem resumido meeeesmo, “Survival of the Dead” tem como base a divergência de opiniões, algo que é tão inerente aos seres humanos quanto comer carne HUMANA é inerente aos zumbis. Povoando uma ilha estadunidense estão duas famílias e seus agregados. De uma lado a galerinha que quer manter os familiares e miguchos enzumbizados vivos até que uma possível cura seja descoberta (algém aí falou idéia de jerico?). Do outro, a tchurma que acha mais plausível passar fogo nos presuntos reanimados e manter a ilha segura. Daí o patriarca desse último grupo retorna à tal ilha, após ser banido, acompanhado de uma patota formada por uns militares dissidentes (sendo uma sapatona entre eles, aparentemente a única mulher não-zumbi da ilha... me lembrou os Smurfs) e mais um Jack “Libero!” Efron cover, um panaca com cara de mimado que por sinal se mostra quase tão macho quanto a militar sapatão (algém aí falou idéia de jerico de novo?). Adivinhem qual dos 2 clans estavam certos?

Spoilers
E por aí o filme segue, nesse jogo de gato e rato, cada um tentando provar seu ponto. Com direito a filha zumbi, que tem uma Irmã gêmea que aparece do nada e CGIs toscos e desnecessários por todo lado. Pescaria de zumbi? Me diga pra quê!!! E ainda uma tentativa de reviravolta com zumbis comendo animais em vez de seres humanos (idéia de jerico master blaster!). Agora que a dieta dos geladinhos provou ser diversificada, e o vovô provou estar lelé, quem sabe o próximo filme revele a “Waffle House of the Dead” ?
Fim dos Spoilers

Eu sou fan de filmes de zumbi até debaixo d’água. E acabei me divertindo em várias sequências, logicamente quanto tinha algum zumbi na parada. Destaco a cena do banquete, que não tem como dar errado, e as criancas zumbis. Outra coisa que achei interessante foi o imbecil que se infectou, não porque levou uma mordida, mais porque MORDEU o zumbi... olha que boa idéia! Mas na maior parte do filme me deixou com aquele gosto de “não precisava”. As cenas cômicas não me incomodaram nem um pouco, e acho que isso até faz parte do estilo Romeriano. Mas no todo, a única coisa que realmente disperta interesse no filme é o fato de tratar-se de produção do Romero. Pois se fosse qualquer outro Zé-mané, teria olhares ainda mais críticos sobre a obra e fatalmente ela iria direto pra lata de lixo.

Mas como esse “Gepeto Macabro”, em outros tempos, já encheu nossos coracõezinhos peludos de alegria, damos um descontão pelo conjunto da obra.

Recomendo que assistam e tirem suas conclusões, pois filmes de zumbi do Romero são como pregas, não recomendo perder!
Mas eu não gostei.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Eden Lake

Informações Técnicas
Título no Brasil: Sem Saída
Título Original: Eden Lake
País de Origem: Reino Unido
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 91 minutos
Ano de Lançamento: 2008
Estúdio/Distrib.: Playarte Home Video
Direção: James Watkins
Sinopse: Steve planejou um fim de semana romântico com sua namorada Jenny, à beira de um belo lago, onde pretende pedir a mão dela em casamento. Logo que chegaram, foram incomodados pela presença de adolescentes arruaceiros, que não gostaram nem um pouco dos visitantes. Depois de um acidente entre os grupos, o líder da gangue adolescente, Brett, instiga seus amigos a apedrejar o carro do casal e segui-los pela floresta. Em pouco tempo Steve é pego, amarrado e torturado pelos garotos. Jenny assiste a tudo e tenta fugir para buscar ajuda e salvar a sua vida e de seu noivo.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1020530/

Trailer:

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Avaliação do Luisão (se for acampar, leve um nunchaku!!!)

E chegaram nossas pimentas de Londres!

Noite macabra especial por conta da safra de pimentas from hell que encomendamos numa loja na Inglaterra e que prometiam ser as mais-mais de todos os tempos: Satan’s shit, Dragon’s Blood 13 e Hotter than Hell! O Veredicto foi que a nossa conhecida Mad Dog ainda é a campeã de ardor em proporcionalidade, mas essas 3 novas aquisições são fortíssimas e muito dignas de serem servidas no nosso brinde macabro.

Fizemos então degustação na famosa brincadeira boba. Essa noite eu fui o mais fraco porque não estava com o estômago nos melhores dias pelos abusos alimentares e cervejisticos de domingo passado, mas o Erik mandou bem provando as 3 pimentas e o Pedro foi o mais Joselito da noite, provando todas e fazendo um “grand finale” comendo um terço de colher de café da Satan’s Shit... sofreu um bocado el cabrón.

(Ele foi muito macho ontem, pra compensar um grande lapso de heterossexualidade ocorrido no fim de semana passado. Pena que eu prometi pro Pedro que não ia contar pra ninguém que ele votou no Dicesar em paredão do BBB 10 contra o Dourado... ah, como eu queria poder espalhar essa noticia no blog).

O Sandro fez seu “debut” em Quartas Macabras e teve que comer pimenta também. Espero que volte outras vezes. Mas, se o Sandro não gostou do nosso brinde de pimentas (tenho a impressão que gostou sim), na sessão ele deu muita sorte. Filmão!!!

Pelos comentários de ontem após o término do filme, sei que os colegas macabros não gostaram tanto como eu de Éden Lake, mas sou incisivo em afirmar minha opinião de que até agora foi o melhor filme que assistimos em 2010.

Ontem rolou uma votação sem grandes paixões, mas bem divertida entre as seguintes opções: Zombies of Mass Destruction, Lake Mungo, Growth, The Daybreakers e Éden Lake.

Obviamente a minha opção de coração seria o Zombies of Mass Destruction, mas durante a semana, conversando com o Pedro e o Erik, eu lancei a idéia de optarmos por um filme que fugisse do contexto de humanos fugindo de alguma ameaça contagiosa ou sobrenatural. Estamos vindo da seguinte seqüência: [REC]2, Mutants e The Descent 2, os quais, cada um ao seu estilo abordam o tema de fuga e sobrevivência.

Por essa razão sugeri deixarmos o Zombies of Mass Destruction pra uma próxima semana, que esta não seria a melhor opção pra noite passada. Growth acabou preterido pela mesma razão.

Pois bem, Éden Lake também não é um filme sobre fuga e sobrevivência? Claro que sim. Então falhei na tentativa, mas acertei na escolha.

Trata-se da premissa mais batida do universo de filmes de terror: casal vai pra floresta e se dá mal, tendo de fugir de um louco (ou família/grupo de loucos) com facas na mão. Só que em Éden Lake o realismo do “pode acontecer mesmo” deixa a experiência muito mais impressionante. Um dos filmes mais verossímeis que eu já assisti.

Quem me conhece sabe que não sou sociável. Não tenho nenhum orgulho da raça humana pela crueldade intrínseca, camuflada pela doutrina cristã de ajuda ao próximo, de amor e fraternidade, uma mensagem em tese muito bonita, mas que é extremamente especista com os outros seres vivos, passando uma ridícula presunção que somos a “imagem e semelhança de Deus” e que os outros seres estão aqui para nos servir, doutrina essa que funciona só pra um grupo de tiozinhos que freqüenta a missa, mas que no dia-a-dia pouco se pratica. Eu já acho que a real essência do homem é violenta, e Éden Lake explora essa crueldade primitiva do ser humano comum.

Aqui o perigo não é um assassino louco com máscara de hóquei ou feita de pele de gente morta com uma moto-serra na mão (não, não é uma serra elétrica que o Leatherface empunha). Nem é uma família mutante canibal. São adolescentes comuns, de bicicletas BMX, que podem perder o controle a qualquer momento. Quem lembra daqueles três adolescentes na Ucrânia que mataram mais de 20 pessoas e filmavam as torturas com um celular??? Pois é...

Aqui, o grupo de adolescentes não é estereotipado como as crianças da Blatislávia de Hostel. Esqueçam também qualquer comentário de que esse filme é remake do francês ILS, porque não é!

No filme o casal vai acampar próximo a um lago, e divide a margem deste lago com um grupo de adolescentes que possuem um Rottwailer folgadíssimo, que resolve rosnar para a mulher do casal.

O marido vai tomar satisfação dos jovens, eles devolvem com vandalismo e furto do veículo, outras satisfações vão ser tomadas e por um acidente o marido mata o cão do grupo. A partir desse ponto o filme retrata a vingança dos adolescentes contra o casal e começa a mencionada “fuga e sobrevivência”.

O marido peca no enfrentamento do grupo desde a primeira oportunidade. Esse é o único senão no realismo do filme. Falta firmeza de macho no marido, e claro, um nunchaku na mão.

*** Alguns inevitáveis SPOILERS***

O marido sucumbe primeiro ao grupo, passando por uma sessão de tortura com estiletes onde cada membro do grupo é incentivado/forçado pelo líder a fazer pelo menos um corte ou perfuração na vitima amarrada. Tudo assistido pela esposa que está escondida na floresta. Tem uma estiletada na boca que é bem indigesta. Por fim o marido é queimado vivo.

A esposa assume o papel de protagonista, a qual sabemos no inicio do filme se tratar de uma professora de crianças. Uma atriz de beleza exótica, que ao contrário de qualquer clichê do gênero, não se transforma em uma heroína vingadora. Continua frágil, assustada e sem instintos violentos.

Após se esconder dentro de uma caçamba de merda (The Descent 2???) ela acaba matando um adolescente, o mais bocó de todos, mas mesmo assim percebe-se sua fragilidade.

Depois de idas e vindas, ela se refugia numa casa de família, e numa espécie de Last House on the Left inverso, é a família do moleque líder do grupo perseguidor.

O final é de uma crueza desconcertante. Mundo cão!!!

Minha opinião é que se trata de um belo exemplo de filme bem feito, bem interpretado, bem filmado, e ao mesmo tempo simples. Ah, não tem gore, mas nem faz falta. Os colegas manécabros vão chiar ai pra baixo, e opinar de forma bem menos passional, mas Éden Lake realmente me agradou muito.

Muito recomendado, e por enquanto integrante da minha lista dos cinco melhores do ano... em primeiro!
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Avaliação: Pedro (que acha que daria um pau naqueles moleques)

Ontem a Quarta Macabra finalmente caiu em uma quarta-feira, afinal de contas o Jogo do Todo Poderoso Timão vai ser hoje (quinta) e eu vou escrever essa avaliação rapidinho pq estou indo pro estádio.. rs

Normalmente não leio as avaliações dos companheiros macabros antes de escrever a minha para não me influenciar, mas dessa vez confesso que fiquei curioso e li a do Luis ai em cima. Então depois dessa explicação dele sobre o filme só me resta dar a minha opinião e não me alongar contando novamente o filme.

Concordo que é bem filmado, bem dirigido, que mostra uma realidade nua e crua, concordo que é um filme muito bom, e surpreendeu positivamente, os atores são bons e convenceram, tirando o moleque malvado que achei fraquinho o resto se saiu bem, destaque para a noivinha fugida, realmente passou a sensação de angustia que o papel merecia, só não foi perfeita pq não pagou peitinho, apesar de ter tido várias oportunidades, mas isso não foi culpa dela e sim do diretor que sonegou.

Éden Lake vem em um crescente, começa morno e clichê, e vai esquentando aos poucos com um final realmente muito bom... porém eu fique com a sensação de quero mais, normalmente acho que os filmes cagam em se alongar, nesse achei que faltou um pouquinho, SPOILER....... o final é claramente subentendido, mas achei que deveriam ter explorado um pouco mais a família do moleque e principalmente o pai do moleque malvado, que claramente era um psicopata querendo resolver as cagadas do filho. Foi tudo muito rápido, ou seja, na hora que o filme ficou realmente bom e tenso, terminou.

Recomendo apesar desse senãozinho é um filme muito bom. Na minha contagem está em terceiro, atrás de Wolfman e de Colin.
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Avaliação do Erik (adolescente bom é adolescente amarrado..)

Reconheço que essa foi uma Quarta Macabra quase “old school”. Primeiro porque, finalmente, ela aconteceu num quarta feira! Segundo porque teve um esquenta antes do esquenta, grande responsável pela minha derrocada etílica da noite. E terceiro porque de fato teve votação com disputa acirrada pra escolha do filme.

Pra completar, as benditas pimentas encomendadas com o próprio coisa-ruim pelos confrades haviam chegado, então sabia-se que seria uma noite de brincadeira sem graça.

E foi. Confesso que minha primeira degustacão, na tal da “Satan´s Shit”, foi moleza. A seguinte, “Hotter Than Hell”, já ardeu mais. E foi na colherada de “Dragons Blood” que a coisa perdeu a graça. Um dia eu aprendo a não brincar com fogo.

Ah é! Tem o filme também. O thriller britânico Eden Lake, filme vencedor da noite, conta a história de um casal que foge para um fim de semana romântico. O namoradão Steve, com a idéia de pedir a mocinha Jenny em casamento, arranja um pico paradisíaco e aparentemente deserto pra acamparem. Mas o lago perfeito não era tão deserto nem tão perfeito assim, e logo aparece uma molecada pronta pra arranjar encrenca! E era aí que o tal do Steve tinha que ter dado um piau nessa molecadinha. Dava um croque no mais machão e pronto, resolvido o problema. Mas daí acabaria o filme, e a gente ia estar falando da grande e surpreendente
revelação do Richy Martin, e não do filme em questão.

A partir daí, a coisa vai indo cada vez mais pro brejo. A situação do casal, não o filme, que por sinal, vai melhorando. Nada mais assutador que um grupo de adolescentses!

Spoilers!
O filme não é assutador, mas é chocante e intenso. Steve acaba morto pelos fedelhos após uma sessão de tortura que, na minha opinião, é o ponto alto do filme. E a noiva vendo tudo. Ela consegue fugir finalmente, matando alguns dos pimpolhões no caminho, e chegando finalmente á cidade, onde ela conhece os pais dos demoninhos... só pra piorar tudo.
Fim dos Spoilers!

No fim das contas foi um filme bem interessante. Nada que vá mudar sua vida ou virar um cráááássico, mas mesmo assim um filme sólido e com um final que foge dos clichês.

Como vocês podem perceber, não tenho nada negativo que possa eu destacar desse tal “Eden Lake”. Eu inclusive já adianto que recomento o filme sem restrições. Mas o fato é que não me envolvi com a trama tanto quanto meus colegas macabros. Ou a galera estava demasiadamente sensível devido ao fim do BBB10 (bem provável) ou minha graduação alcoólica não me permitiu o total aproveitamento da experiência (mais provável ainda). Ou os dois!

A mensagem que fica é...sempre leve uma arma quando for pra floresta! E não serve uma faquinha, já leve logo um trezoitão ou um daqueles tacos de baseball com pregos na ponta! Se você ver alguém alguém por lá, seja uma velhinha ou uma molecada, FERRO NA BONECA (como diria o Lobo)! Sem Dó!