quarta-feira, 29 de julho de 2009

Messengers 2: The Scarecrow

Informações Técnicas
Título Original:
Messengers 2: The Scarecrow
Gênero: Terror
País de Origem: EUA
Tempo de Duração: 93 min
Ano de Lançamento: 2009
Diretor: Martin Barnewitz
Sinopse: Depois de colocar um misterioso espantalho no campo, a sorte muda e começa uma terrível maldição que acaba com tudo. O espantalho se torna vivo e começa a matar todos que passam em seu caminho. O filme mostra o começo do que aconteceu à primeira família antes dos Solomons.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1299653/
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Avaliação: Pedro (que votou no Deadgirl)

Mais uma Quarta Macabra, On The Road na minha casa, parece que vai virar um certo habito, termos cada vez mais seções fora da sede principal.
Ontem não tinha erro, o filme já estava escolhido e era o deadgirl, muita expectativa para ver esse filme, muito bem falado em todos os sites especializados da internet, não sei porque o André resolveu assistir o filme antes de todo mundo sozinho e chegou sendo taxativo... o FILME É UMA BOSTA... mesmo assim ainda se cogitou a hipótese de ver o deadgirl, mas a ênfase dele foi tão grande que decidimos trocar. (vou ver fora da seção da macabra estou muito curioso)
E agora o que vamos ver ? estávamos totalmente despreparados, vamos ao tubo de Dvds e dar uma garimpada. Depois de um esquenta bem etílico a escolha ficou complicada e acabamos sendo influenciados pelo Erik a assistir essa bucha com a sinopse ai em cima !!!

Vale lembrar que não tinha assistido o Messengers 1 mas como o 2 é um prequel (conta o que aconteceu antes) não teria problema em assistir.

O Filme conta a história de uma fazendeiro bocó, brocha (não come a mulher) e corno (lógico... se não come alguém vai comer) produtor de milho, sua plantação vai de mal a pior... os milhos todos detonados... os corvos comendo o milho, o banco cobrando a hipoteca da fazenda etc ... Ele acha no celeiro um espantalho que na hora me fez lembra do Eddie (mascote do Iron Maiden)... ele resolve colocar o espantalho no milharal para espantar os corvos... misteriosamente a plantação começa a ficar boa... e os inimigos do fazendeiro (cobrador da hipoteca e carinha que quer comer a mulher dele são assassinados.) o filme nos faz passar um bom tempo na dúvida se fazendeiro bocó é o assassino ou tem algo a ver com o espantalho...

Enfim, é patético ... roteiro sem pé nem cabeça... tentativas poucas e medíocres de sustos, que não assustaria nem uma criança de 5 anos... fico pensando se esse diretor alguma vez já viu um filme de terror, ou se ele viu o próprio filme dele depois de acabado. No final ele tenta fazer um clímax de correria, mas também ficou muito ruim... não vou contar mas mesmo assim não tenham nem a curiosidade de ver.

Mesmo com tudo isso o filme tem um pequeno ponto positivo... a esposa e a filha do fazendeiro bocó são bem gostosas e a vizinha é um espetáculo, faz um strip completo no milharal em uma cena e em outra o fazendeiro bocó tem um surto de macho e come ela num trailer... a cena é bacana digna de filme pornô, mas se é pra ver filme pornô sugiro o “Ataque das Calcinhas Tranparentes 5” , já nas locadoras.

Não perca 90 minutos da sua vida com esse filme !!!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

The Haunting in Connecticut


Informações Técnicas
Título no Brasil: Evocando Espíritos
Título Original: The Haunting in Connecticut
País de Origem: EUA
Gênero: Suspense
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Site Oficial: http://www.hauntinginconnecticut.com/
Estúdio/Distrib.: Imagem Filmes
Direção: Peter Cornwell
Sinopse: Quando um dos filhos do casal Campbell é diagnosticado com câncer toda a família tem que mudar para uma casa mais perto da clinica onde Matt fará seu tratamento. Á medida que o tempo passa o comportamento do rapaz muda radicalmente e todos passam a presenciar várias atividades paranormais na casa.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0492044/
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Avaliação do Luisão (o rei do cassino)
Como já não ando participando ativamente da Quarta Macabra (já fez um mês da minha última participação), inventamos um novo pretexto pra beber cerveja semanalmente: A noite da jogatina!
A banca de cartas nessa feita foi montada na minha casa... e fizemos a inauguração do cassino ontem, numa rodada sem dinheiro envolvido...rodadinha café com leite... e cerveja!
Como o quórum da partida era composto pelo Pedro, André, Luizinho e eu, e a Aryal estava lá por perto, a coisa desandou para o inevitável: caimos em tentação e fomos macabrar!!! Na verdade no fundo tava todo mundo mal intencionado mesmo, rsrs.
Pois é...
Acabamos assistindo o The Haunting of Connecticut... o qual apesar de ter sido a terceira opção, tinha grandes chances de vencer. A idéia era ver o Dead Girl, mas o dvd deu pau, estava sem som...e ai caímos nesse.
Importante destacar que, em uma das avaliações que já fiz aqui no blog, comentei que tinhamos convencionado que os filmes assistidos nas Quartas Macabras deveriam ser preferencialmente inédito a todos os Macabros... o que não foi o caso deste, pois tanto o André como o Pedro já o tinham assistido previamente.
Nos primórdios, as primeiras sessões macabras eram sempre de filmes inéditos... exemplos? Black Sheep, Grave Dancers, Skinwalkers... Depois começou uma fase que sempre alguém via o filme antes e recomendava para a sessão coletiva, o que acabou sendo evitado em comum acordo.
Bom... vamos ao filme:
Primeiro ponto a se destacar é que se trata de uma exibição LND! Aeeeeeeee!!!
Segundo ponto positivo, assistimos depois do filme o curta "The Horribly Slow Murderer with the Extremely Inefficient Weapon". Deixei pra passar no fim do filme porque fiquei com medo que ofuscasse a atração principal, he, he, he...
Eu sinceramente não sei se gostei desse The Haunting.... O trailer deste filme é mais um exemplo de que deveria haver uma categoria no Oscar para Melhor Trailer, porque promete muito mais do que cumpre. Aconteceu o mesmo com o The Unborn.
Na verdade não vi tensão alguma no filme. Tem alguns sustos legais, suspensinho e fotografia boa do casarão assombrado.
Mas parece apenas um resumão de todos os filmes de casa assombrada já feitos: filho mais velho "possuído" por ex-morador da casa (Amityville 2), cadáveres que brotam da construção e comida podre na geladeira (Poltergeist), fotos de pessoas mortas (Os Outros), fora os 200 clichês tipo água virando sangue e situações tiradas de filmes orientais, principal fonte de inspiração do horror norte-americano atual.
Mas na minha opinião é pior que qualquer Amityville. Outro problema é que o filme repete dezenas de vezes aquela tentativa de susto bagaceira do fantasma que aparece atrás da pessoa e desaparece quando ela se vira para olhar o que tem atrás dela? Aliás, qual é a finalidade de um fantasma fazer uma coisa dessas, se a pessoa nem ao menos vê ele para se assustar???
Minha dúvida principal é o "baseado numa história real". Talvez seja realmente fiel, ou talvez a tal história real deva ser uns 10% do filme, e olhe lá.
Com um início promissor, o filme pretende recriar um caso sobre uma maldição ocorrida em Connecticut entre 1986 /88. Pesquisei no google, viu André.
Usando e abusando dos mesmos efeitos sonoros, o filme apela já nos 20 minutos iniciais, com uma repetição excessiva dos fantasmas. É um tal de fantasma no espelho, fantasma na Tv, fantasma nos vidros, que torna este recurso um pouco sacal.
Nem vou resumir a estória, mas em uma casa que tem sala de autópsia no porão, sessão de descarrego na sala de jantar, molequinho-mãe-dinah...só podia dar merda!!!
Vai morar nessa casa uma familia com um adolescente tedioso com cancer em fase terminal que sonha e ve assombrações... vai morar lá também a tia dele que é a titia que todo mundo pediu a Deus...rsrs.
O mais engraçado é o irmão/primo do garoto com cancer: só se fode o filme inteiro...apanha mais que bandido.
Acho que o problema maior é que o roteiro não é lá estas coisas, pois baseia-se num suposto fato verdadeiro provavelmente sem comprovação verídica, e não há quase nenhuma substância dramática ao querer enfatizar algumas características desnecessárias dos personagens, como no caso do pai do garoto doente. Seu vício pela bebida é mencionado numa cena supérflua, onde ele chega bebado (provavelmente vindo do Shalou) revoltado pelas luzes da casa estarem acessas. Após quebrar todas as lampadas, some de cena para dar lugar à revolta do espírito.
Nada a ver com nada. Aliás tem meia dúzia de diálogos ali que não valem um peido
O final (como os americanos sempre gostam) é resolvido com um incêndio, com o moleque sendo fantasticamente curado do cancer.
No filme, o foco principal é o porão onde o garoto-zilda-gaspareto com câncer se aloja e é possuído pelo espírito do moleque-walter-mercado do passado.
Tem uma leve homenagem ao "Exorcista" na cena da chegada do padre na casa, que foi feita para lembrar a chegada do padre Carrigan (acho que é este o nome) na casa de Reagan, para enfrentar o belzebu.
Resumindo, o filme não chega a ser ruim, pelo contrário, diverte, mas como já mencionei é uma colagem de clichês da maioria dos filmes de casas mal-assombrada. Mas esse excesso de clichês não torna o filme ruim.
Aliás, eles conseguiram fazer uma temática diferente e explorar outros caminhos, mas aquela sensação de que "já vi isso antes" me incomodou durante o filme todo. Sustos fáceis mas eficientes, efeitos ok e uma história que poderia ser melhor explorada.
Por fim, se eu fosse criança e morasse num casarão do terror como o do filme, eu nunca que ia ficar brincando de esconde-esconde em armários imundos, embaixo da cama, e outros ambientes comumente frequentados por fantasminhas magoadinhos.
Vale a pena assistir, mas não esperem muito.
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Avaliação: Pedro (Rei do Texas Hold'em)
Depois de uma jogatina de poker que parece que pelo andar da carruagem vai se tornar uma constante semanal, resolvemos assistir um filme. Como dito pelo Luis ai em cima eu e o André já tínhamos visto anteriormente, acho que por isso que gostei bem mais que o resto do grupo, esse é o tipo de filme que faz toda diferença assistir sozinho em casa, sem ter ninguém para dar a mão... rsrs vale lembrar que a Quarta Macabra tem algumas regras básicas e uma clausula pétrea é o total repudio a qualquer forma de manifestação homossexual antes durante e depois das seções o que acaba proibindo terminantemente dar as mãos em momentos de aflição ou gritinhos de qualquer espécie que não seja um brado guerreiro do tipo... CARALHO ... SUSTO DA PORRA !!! isso em um tom bem longe do agudo para poder ser aceito e não mal interpretado !!! rsrs

Colocando esses fatos vamos ao filme... normalmente filmes blockbusters não são muito aceitos e todos já torcem o nariz de cara, não é meu caso, eu sempre assisto de coração aberto independente da origem do filme... vale lembrar que sempre quis ver o 13B filme indiano para formarmos uma opinião sobre o cinema de terror em Bollywood... tive que assistir em casa e depois dei graças a Deus por nunca ter passado em nenhuma votação da Macabra... ia ser mais um vexame... rsrs
Voltando ao Hauting é um bom filme, de casa mal assombrada, com sustos, certo gore... realmente os sustos são totalmente clichês como disse o Luis o que não impediu de eu tomar cada um deles. Gostei da atuação do personagem principal, o filme se perde é no roteiro que é mal explicado e jogado de uma forma que fica confuso e sem uma solução plausível, o que me fez lembrar a principal fala de “Chicó” em o Alto da Compadecida “NÂO SEI.... SÓ SEI QUE FOI ASSIM” isso tira completamente a chance do filme ganhar estrelinha e entrar na votação do fim do ano, mas não tira minha recomendação, acho que vale a pena assistir, os sustos são inevitáveis, a produção é boa, a maquiagem dos fantasminhas é muito bem feita, os efeitos sonoros acompanham bem os momentos de suspense, fora a tia que mora junto que é bem gostosinha, pena o diretor ter perdido a oportunidade de fazer ela pagar peitinho na cena que esta tomando banho... Enfim, não esperem um fechamento completo da trama com soluções definitivas mas não deixem de assistir por conta disso... é um bom filme, recomendo !!!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Mangue Negro

Ficha Técnica:
Titulo Original: Mangue Negro
Titulo Fora do Brazil: Mud Zombies
País de Origem: Brasil
Ano de Lançamento: 2008
Diretor: Rodrigo Aragão
Sinopse: Certo dia, em uma comunidade de pescadores e catadores tão pobres quanto fora do tempo, a natureza resolve mostrar seu lado macabro. Do manguezal, lugar de onde sai o mísero sustento, emergem zumbis canibais.



Link para video no Youtube da galera do Blog Bundifora entrevistando participantes da mostra e Betina Goldman, organizadora do evento: LINK AQUI

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Avaliação: Erik (a mistura de siri bandido com baiacú roncador...)

Filme de Zumbi... mais um ... aeeeeeeeeeeeee

Esse SP Terror tinha que ser de seis em seis meses. É uma pena consegui ver pouquíssimos filmes da mostra, mas quando vi que a sessão de “Mangue Negro” estava com seus ingressos esgotados, percebi que a iniciativa foi um sucesso, e espero de verdade que possamos presenciar o “50º SP Terror”, e muitos mais.

Eu estava ansioso pra ver esse filme já fazia algum tempo. E ansiedade é uma bosta.
Existem duas formas de analisar esse filme. Ou você assume que é uma produção corajosa e original, num terreno árido e ingrato como a produção de terror nacional, e desencana dos percalços técnicos pelo qual a obra fatalmente passa. Ou então se assume que falta de dinheiro e recursos não é desculpa pra filme tosco, e desce-se a lenha em todos os problemas que encontrar pela frente.

Confesso que saí do cinema meio de saco cheio. Achei o filme comprido demais, com uma edição sem impacto e às vezes irritante, parecia um filme de zumbis de um projeto escolar. Tudo meio sem pés nem cabeça e com umas idéias de jerico (... fígado de baiacú roncador???...).

Mas acho que nesse tipo de filme, essa não é uma abordagem correta.

Em geral regionalidade, quando não usada com inteligência, me enche o saco. Fico com a impressão que, pra vender filme brasileiro, tem que ter samba, maracatu, e tem que falar de pobre, prostituta e bandido. E acho que a culpa desse meu sentimento é da globo, que explora o tema mais do que meu tico e teco aguentam, e de forma boba e superficial.

Mas não é que essa historia de zumbis no mangue é danada de boa?
Sem duvida o ponto alto do filme é mesmo o gore. Os personagens perseguidos pelos zumbis vão ficando lambuzados da cabeça aos pés, com uma mistura de sangue com lama preta, num cenário desolado e aflitivo por si só. Uma melequeira que me lembrou o cláááááássico “
Braindead”. Teve até animação “stop motion”.
Eu poderia encher os culhões de todo mundo falando de tudo no filme que, pra mim, não funcionou. E teve um montão de coisas. Mas vou deixar quieto. Pois adoro ver gente dedicada tirando leite de pedra pra fazer o terror (terrir?) seguir em frente.

Basicamente, a lambuzeira, a maquigem tosca e a idéia de zumbizada saindo da lama preta salvaram o filme. E como o tal já virou um Cult absoluto no circuito alternativo de terror nacional, acho que o diretor tem tudo pra se sair bem melhor na próxima vez. E eu acho que vai.

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Avaliação Pedro: (Coração Peludo)

Sobre como foi a Quarta Macabra já falei ai embaixo na avaliação do Yesterday, dose dupla no mesmo dia vamos ao principal filme da noite.

Bom chegou a hora... o filme de zumbi tão esperado do Rodrigo Aragão, platéia lotada, gente tentando comprar ingresso já esgotado a tempos, apagasse as luzes e começa o filme, a primeira cena dos pescadores no mangue muito boa, atores passaram a sensação macabra do ambiente a ansiedade aumenta, próxima cena na casa da mocinha do filme......... AHHHHHHHHHHHHHH filme do Mazzaropi ?
O Luis, personagem principal é a cópia do Jeca Tatu.

Bom, pra mim foi ladeira abaixo, estava com o coração aberto, torcendo pra ser um bom filme, não foi. Apesar de todos os cinéfilos “cults” terem achado o máximo, prêmios e mais prêmios em festival, o filme não conseguiu me agradar, milhões de defeitos técnicos que não vem ao caso, como filme independente e com baixo orçamento releva-se tudo isso, o que não consegui relevar é um filme chato com roteiro pobre, atores de última categoria, achei que estava assistindo uma pornô chanchada dos anos 70, cada ataque de zumbi é acompanhado de um som maracatu, por mais que o diretor quisesse passar a brasilidade e regionalidade do filme não combinou, não adianta forçar.

Outro fator negativo são cenas demoradas e desconexas, o filme poderia ter meia hora a menos, bom disse que não ia falar dos defeitos técnicos mas tem alguns que vale a pena citar, tentativa de CGI ou outro recurso que não sei o nome de um zumbi invadindo a casa que ficou parecendo os filmes do SIMBA O MARUJO, coisa de 40 anos atrás. Usar animatronics (robôs) apesar de ser boa a idéia, foi uma tentativa fracassada não acrescentou nada só deu mais tosquidão ao filme.

Vamos aos pontos positivos, maquiagem dos zumbis muito bem feitas, cenas gore realmente gore, os zumbis saindo da lama, a idéia central do filme também é muito boa, mas volto a repetir, me desculpem todos os fãs que são CULTS e acharam o filme bom, foi perdida uma grande oprtunidade de se fazer um ótimo filme, minha principal referencia para achar um filme bom ou ruim é se estou me divertindo ou não, nesse pensei em abandonar a sala algumas vezes, Falta de dinheiro não é desculpa para filme ruim, Viva José Mojica Marins !!!!


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Avaliação do Luisão (aquele que é fã do Mazzaroppi, do Jeca Tatu, do Pedro Malasartes, da Turma do Sitio e do Dedé e o comando Maluco... ícones da cultural regional nacional)


Depois de quase seis meses que o Erik, Pedro e André assistiram esse filme no cinema, eu finalmente tive a oportunidade de compartilhar a experiência e exteriorizar minha impressão sobre o mesmo.

Inicialmente vou aproveitar essa avaliação póstuma para deixar claro pros leitores do blog que nenhum de nós macabros entendemos verdadeiramente de cinema. Melhor dizendo, a gente não manja nada. Quando gosta do filme fala bem, quando não gosta desce a lenha. É só isso!!!

Nenhum de nós (não a banda tosca nacional, nós os integrantes da Quarta Macabra) tem gabarito pra falar que um filme é ruim ou bom. Simplesmente assistimos muitos filmes de terror, já estamos chegando ao centésimo só de macabra, e tentamos passar nossa opinião de fã para os leitores virtuais, para dar “uma dica” quando eles quiserem ver determinado filme. E nossas opiniões divergem muito, o que deve confundir quem lê!

Sinceramente, para mim, o blog tem a função de ser um diário desse encontro de amigos, dessa balada que se chama Quarta Macabra e que um dia vai acabar. O blog servirá de registro, por isso que costumo dar mais atenção a contar os acontecimentos da noite, a como agimos, votamos, brigamos, etc, do que propriamente em "avaliar" o filme, até porque, quem quiser uma critica de verdade encontra facilmente no google de pessoas realmente qualificadas.

Queria fazer esse “mea culpa”, antes de expressar minha singela opinião sobre o Mangue Negro, para desmistificar uma vaidade que nós macabros incorporamos de um tempo prá cá, e que não encontra respaldo na realidade, pois somente estamos aqui brincando de críticos de cinema.

Acompanho essa produção desde 2006, através de tópicos criados em comunidade do Orkut como a TGTG – Trash, Gore e Terror em Geral e a do site Boca do Inferno... lembro ainda do dia que assisti o trailer no Youtube, e emocionado enviei pro Erik.

É daqui que começo a discordar veementemente, porém respeitosamente, dos dois colegas acima. O Erik ainda que pegou leve no não gostar do filme, o Pedro deu a esculhambada básica em filme sem grande produção, ambos motivados pelos respectivos gostos pessoais.

Pois bem, de cara ressalto que a experiência no cinema, assistindo dois filmes consecutivamente, é bem diferente de assistir no sofá de casa. Comentei isso pra falar que o filme não é longo, ao contrário da opinião unânime dos dois colegas. São somente 104 minutos!!! Que pra mim passaram rapidamente, rsrs...

A trilha sonora é fantástica. Uma orquestração ambiental feita exclusivamente para o filme pelo falecido Jaceguay Lins (sei disso porque o filme foi dedicado a memória dele) executada pela Orquestra Sinfônica do Espírito Santo sob regência de Helder Trefzger (peguei na ficha técnica), que mistura a grandiloqüência da dinâmica clássica com ritmos e instrumentos regionais, que lembra um pouco a obra mais famosa do Heitor Vila Lobos. De resto, na equipe técnica é divertida a quantidade de sobrenome Aragão... o diretor pôs a família inteira pra trabalhar.

Em resumo, eu gostei muito do filme, e discordo da galera daqui do blog em gênero, número e grau. Mesmo quando assisti o excelente curta “Amor só de Mãe” do Dennison Ramalho, que tem mais regionalismo ainda que este, tinha achado a ambientação numa vila pobre de pescadores, muito boa e diferente do que estava acostumado... este aqui é parecido, mas só nesse quesito.

O gore é excelente e abundante, a maquiagem dos zumbis é de primeira, a ambientação no mangue é escura e tenebrosa, a cena do cerco final, bem feita. A partir daqui darei alguns inevitáveis:

*** S P O I L E R S ***

Os animatronics não chegam a comprometer: tem um bem ruim quando um zumbi entra na cabana e morde o braço da Raquel (a mocinha do filme, paixão do xará Luiz, “o galã”), e outros que são muito divertidos, como a língua do pai zumbi da Raquel, além de um bicho esquisito que sai de dentro da mãe zumbi, numa cena regada a muito sangue.

Aliás, a cena em que a Raquel arranca a mandíbula do pai e ele fica linguarudo, é uma homenagem clara ao Romero e seu famoso zumbi da abertura do Day of the Dead, conhecido simplesmente como “The Tongue”. Bravo Rodrigo Aragão, tanto pela homenagem ao tio, como pelos efeitos especiais.

Destaque também pro Luiz, o tal Jeca Tatu que o Pedro falou... realmente, é um capiau, com cara de bocó... o cara passa o filme inteiro sendo interrompido por zumbis, toda vez que vai declarar seu amor para a Raquel. Mas ai quando pega uma peixeira, um facão ou uma machadinha na mão, desconta essas interrupções de forma competente e violenta. Um verdadeiro Ash do Mangue, he, he, he... detona hordas de zumbis barrentos.

Curti muito também a cena do Agenor, o pescador falastrão negão, que fica em cima da árvore no mangue, se escondendo de um zumbi e dorme lá em cima, rsrs...

O lance do fígado de baiacu roncador ser veneno para salvar vitima de mordida de zumbi, pra mim não desagradou, pelo contrário, achei um regionalismo criativo. Só sei que vou por limão quente, esquentado no garfo, nas minhas futuras escoriações, uhauahauahaauahauaha!!!

Agora uma pergunta: o Rodrigo Aragão não tinha nenhum ator mais idoso pra fazer personagem velho no filme??? Pra que fazer maquiagem tosca de velho nos atores??? A maquiagem de velho do pai da Raquel ficou uma bosta... da mãe gorda e cega também, apesar que me lembrou a zumbi gorda do remake do dawn of the dead (seria outra homenagem?).

Já o ator que faz a Dona Benedita, apesar dos cabelos de algodão e da maquiagem tosca de preta véia, eu adorei... cara, que engraçado que é essa personagem, sempre falando do falecido marido “que Deus o tenha”, uahauahauahaauahau...

Bom, é isso... deixo aqui meu registro da defesa sincera desse corajoso filme nacional. Lembrando que gosto é gosto!!!

Abraaaaaaaaaaaaaaaaaaços.

Yesterday

Ficha Técnica:
Ano de Lançamento: 2009
País de Origem: Canadá
Genero: Terror
Diretor: Rob Grant
Sinopse: Seis completos estranhos são forçados a unir forças e fugir de uma cidade devastada por um ataque de zumbis. No entanto, após acamparem na mata longe da cidade, eles percebem que deveriam ter se protegido uns dos outros.



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Avaliação: Erik (o que só morre com tiro na cabeça ou decapitação...)
Filme de Zumbi... me diz como um filme de zumbi pode ser ruim... não tem erro. É só você não fazer besteira em algumas premissas básicas: uma morte interessante aqui e ali, infestar a região de mortos vivos (não diga...), ninguém acredita no começo, daí fode tudo... e sangue, muuuito sangue.

Esse filme é exatamente isso. Nada mais, nada menos. Nenhuma historia elaborada, nenhuma idéia original, mas tem zumbi, e sangue... e é uma ótima diversão.

Não vou nem me estender dando detalhes da sinopse e enredo. A epidemia explode, uma galera consegue seguir sobrevivendo. A única coisa que eu destaco é a idéia GENIAL de fugir, pra onde??? PRO MEIO DA FLORESTA!!! AHAHAHAH. Um lugar totalmente aberto, sem proteção nem nada.... os zumbis agradecem....
As referencias a filmes de Bang-Bang também são interessantes.

Fora tudo isso, uma diversão sem pretensões. Não vai ganhar o Oscar, mas os fãs do gênero vão colocar na coleção.
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Avaliação: Pedro (Sem quebrar regras da Q.Macabra)
Em mais uma Quarta Macabra especial no cinema, dessa vez fomos no prestigiado e aguardado I SP Terror - Festival Internacional de Cinema Fantástico festival de filme de terror que está tendo em São Paulo, o foco da nossa ida ao cinema não era Yesterday e sim o Mangue Negro.
Como sempre nas Quartas Macabras no cinema o quorum nunca é completo, dessa vez tivemos a falta do Luizinho que quase nunca vai em seções fora da sede, do Luizão por uma semi-bichise que não vem ao caso agora e da Aryal por não aceitarem cães no cinema.
Vamos ao filme, Yesterday é um filme de zumbi classicão sem novidades, primeiros 20 minutos de apresentações de personagens sem conexões entre si, ao mesmo tempo que a “infecção” está acontecendo e aos poucos a população vai se dando conta da gravidade da situação. O filme caminha bem com todos os clichês previstos em filmes de zumbi, muito gore, cenas bem feitinhas, sangue, tripas e membros para todos os lados, um cara revoltado com a morte da mãe e irmão com um facão na mão dando uma de Rambo no meio da rua cortando cabeça de zumbis a torto e direito. Na segunda metade do filme os personagens ate então desconexos se encontram como sobreviventes, e resolvem ir se esconder na floresta... idéia tosca.. rsrsrs bom, mais uma vez os clichês, brigas pela liderança, quem vai ficar com as armas, quem toma as decisões etc... e mais uma vez o problema maior é o relacionamento entre eles e não os zumbis.
O Grande ponto negativo do filme é que o diretor não se decidiu se queria fazer um filme sério ou um Terror comédia escrachado, mudava o rumo a cada 5 minutos... em momentos cenas de amor de um dos heróis lembrando da namorada, de repente os sobreviventes começam um duelo com música de filme de bang bang com toda a expectativa, clima de tensão e estilo de filmagem dos filmes do grande Sergio Leoni (diretor que revolucionou os filmes de western nos anos 60), vale como uma homenagem mas não cabe em filme de zumbi, de repente tudo virava uma piada. Mistura de amorzinho, comédia e filme sério em filme de zumbi não rola. Mas tirando isso não é dessa vez que vou quebrar a clausula pétrea da Quarta Macabra e falar mal de filme de zumbi... rsrs