terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Rammbock / Siege of the Dead

Informações Técnicas
Título no Brasil: Cerco dos Mortos
Título Original: Rammbock / Siege of the Dead
País de Origem: Alemanha
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 61 minutos
Ano de Lançamento: 2010
Direção: Marvin Kren
Sinopse: Quando Michael chega na cidade para visitar sua namorada, ele logo se dá conta que um terrível vírus se espalhou pela cidade, transformando as pessoas em maníacos homicidas sem nenhuma consciência.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1583356/

Trailer:

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Avaliação do Luisão (e não é que surgiu um novo tipo de corno: o corno morto-vivo! Ou seria um novo tipo de zumbi...)

Terceira macabra do ano, após um início glorioso, épico, monumental com o “Esta noite encarnarei no seu cadáver”, seguido do bem-marromeno Atividade Paranormal II (experiência passageira, que dá uma certa apreensão, mas que uma vez acabado o filme, eu não sinto a menor vontade de assistir novamente ou indicar... e nem mesmo de avaliar), fomos para a primeira aposta as cegas do ano.

Esse Rammbock já havia sido cogitado, por um dos confrades na primeira semana. Por ser um filme de zumbi de produção alemã, despertou nossa curiosidade, mas acabou preterido na primeira semana, esquecido na segunda, e assistido nessa pelo simples fato de ser curto: uma hora de duração.

Os confrades participantes das Quartas Macabras finalmente assumiram o que sempre foi subentendido: que o filme é mero pretexto pra beber cerveja, conversar e dar risada. Acabou aquela pretensão de evento sério pra ver um grande filme de terror em silêncio. Agora a gente escolhe o menor em duração ou o filme menos compromissado. Se tiver que pensar, esquece! No fundo, no fundo, melhor assim... o inconsciente coletivo do grupo está relaxado e aproveitando o momento de forma mais saudável.

Cumpre deixar claro que a parte da bebedeira não é a parte saudável que eu acabei de comentar.

O nome do filme já desperta uma expectativa: Rammbock! Será que, em tempos de filmes como Os Mercenários, se trata de um encontro do Rambo com o Braddock!!! Não... Infelizmente, não se trata de uma reunião entre estes dois titãs.

Na verdade acompanhamos um personagem que é o oposto dos heróis oitentistas, um camarada, baixinho, feio, meio careca, emo, que não dá tiro nem porrada. Que vai para Berlin encontrar sua ex-namorada, Gabi para lhe entregar as chaves do apartamento. Claaaaaaaaaaaaaaro que é esqueminha pra tentar reatar o relacionamento, ou pelo menos dar uma transada flash back.

Pois esse Romeu chucrutes escolheu a pior hora. Chegando lá, ele dá de cara com uma epidemia que transformou humanos em irracionais seres canibais sedentos de sangue, ao melhor estilo Extermínio.

Pior: dá de cara na porta, já que sua ex não está lá, estando no local um encanador que já está embirutando a caminho de se tornar um infectado e o jovem aprendiz de encanador (na Alemanha tem essa profissão sim).

Juntos, com uma fantasia de ursinho, eles tentam sobreviver trancados no apartamento da tal Gabi, sem comida, monitorando um pátio que serve de área comum para uma estrutura em “U” de três edifícios, enquanto o Romeu Fritz fica esperando reencontrar sua ex-patroa.

Não vou soltar nenhum spoiler, mas de qualquer forma, se meter numa roubada dessas por causa de ex-namorada é atitude emo total! Se o Romeu Eisbein fosse muito macho tinha ido pra zona, em vez de ir atrás da ex.

Bom, vocês sabem minha opinião de que epidemias zumbi são o máximo da alegria! Na verdade, os infectados não são zumbis, são... infectados, mas fuck off, vamos sempre lembrar desse filme como sendo de zumbis. E os infectados não são lentos nem totalmente burros.

Como as regras da zumbificação mudaram de uns tempos para cá, a gente releva.

Não tem nada muito inovador, mas eu gostei bastante.

Como o Erik comentou na sessão, apesar de aparecer pouco os zumbis, o filme prendeu nossa atenção.

Recomendo.

Paranormal Activity 2

Informações Técnicas
Título no Brasil: Atividade Paranormal 2
Título Original: Paranormal Activity 2
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 91 minutos
Ano de Lançamento: 2010
Estúdio/Distrib.: Paramount Pictures
Direção: Tod Williams
Sinopse: Após sofrer uma tentativa de invasão em sua casa, uma família instala diversas câmeras ao redor da casa. O problema é que eles descobrem que os eventos que ocorrem são muito mais apavorantes do que eles imaginavam.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1536044/

Trailer:

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver

Informações Técnicas
Título no Brasil: Zé do Caixão - Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver
Título Original: Esta Noite Encarnarei no teu Cadáver
País de Origem: Brasil
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 107 minutos
Ano de Lançamento: 1967
Estúdio/Distrib.: CMG
Direção: José Mojica Marins
Sinopse: Zé do Caixão sobrevive ao ataque das almas penadas do final de À Meia Noite Levarei Sua Alma (1964) e continua na busca obsessiva pela mulher ideal, capaz de gerar o filho perfeito. Ele rapta seis jovens e as submete as mais terríveis torturas, mas comete um crime imperdoável ao assassinar uma moça grávida.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0060380/

Trailer:

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Avaliação do Luisão (2011 começou como o Diabo gosta... com o Seu Zé!)

Começamos 2011.

Depois de um longo período inativo aqui no Blog, sem nenhuma avaliação sequer, volto a ativa, e espero que seja acompanhado dos demais confrades.

O ano passado por motivo de força maior, eu parei com a semanal avaliação, e ficamos sem comentar uma safra boa de filmes, nem falamos sobre a Zombie Walk 2010 e a Quarta Macabra Awards. Ninguém sabe que filme foi eleito o melhor de 2010... pois é, vergonhoso.

O importante é que todos nós sobrevivemos e estamos retomando os trabalhos. Na verdade só retornou meio André, mas essa estória eu conto em outra avaliação.

Logo nessa primeira Macabra do ano, não precisamos votar o filme. De antemão já tínhamos escolhido o Atividade Paranormal 2. O André ainda tentou nos persuadir a ver um filme de lobisomem sem pelo nem orçamento, um outro do povo-hiena, que come merda e dá risada, etc... mas foi frustrado.

E não é que tivemos que colocar a Lei em vigor na primeira noite!!! O Atividade Paranormal não teve atividade normal, em 3 mídias diferentes, então diante do indubitável preceito legal, assistimos o Zé do Caixão (hi, hi, hi...)

Vamos então ao clássico filme (que quando tenho filme do Seu Zé pra rasgar seda, não quero perder tempo escrevendo outras bobagens).

Após levar aquele cacete apoteótico no final do primeiro filme, o Seu Zé retorna com uma narrativa mais exagerada, uma produção melhorada, e maior quantidade de personagens e figurantes (talvez porque o orçamento desse segundo filme foi triplicado). Mas não se deixem enganar, ainda assim a grana era uma merreca, o Mojicão tira leite de pedra que é uma beleza.

Começa a continuação com o Zé do Caixão escapando das garras da lei, por falta de provas, na frente de um Juiz mole como uma geléia. Tem um policial que aparece primeiro nessa cena pra depois reaparecer outras vezes que vale o filme... parece um personagem do Chapolim... melhor, o Jaiminho do Chaves. Está sempre olhando pro lado contrário dos fatos, pra não se comprometer e evitar a fadiga!

Daí o Seu Zé, volta para casa pra “alegria” da vizinhança... teve festa de boas-vindas, com bandinha, discurso, algodão doce... que nada, mentira! Ninguém ficou nem um pouco feliz... se estivessem construindo um edifício na rua que ele mora, o empreendimento desvalorizaria uns 50% na venda de apartamentos devido a chegada do vizinho ilustre com seu melhor amigo o corcunda-de-bixiga Bruno.

Isso mesmo, nesse filme o Seu Zé agora conta com o auxílio de um corcunda deformado de nome Bruno (o mesmo que recepciona o Seu Zé no começo do Encarnação). Eu não disse que o personagem ganha um reforço? Mas a gente nota que é tudo meio exagerado, se compararmos com a simplicidade do filme anterior. Se antes o Zé era um homem comum, agora ele possui em casa uma câmara de tortura, com alçapões e buracos na parede para espiar moças bonitas.

Nada disso fere a saga, que continua deliciosa, o personagem continua na busca da mulher mais adequada possível para lhe dar um pequeno herdeiro: o impúbere Josefelzinho.

Para isso, ele rapta sete mulheres, a fim de promover provas para selecionar qual delas seria a adequada. Uma espécie de BBB do Caixão, e o Seu Zé seria o Bial aqui. Ou ainda um “Sete noivas para Seu Zé do Caixão”.

E se ninguém ainda adivinhou, o teste das mulheres envolve um monte de aranhas andando sobre os corpitchos usando leves babydolls. E quem não passar no teste não volta pra casa. Não volta pra lugar nenhum...

E adivinhem quem se torna o suspeito, logo de cara do rapto das beldades na cidade? Lógico que o povo todo acusa o coitado do Zé do Caixão. O mais legal é que ele enrola todo mundo, convence que podia ser qualquer um ali e ainda diz que trará o culpado à Justiça, na maior cara de pau! Muito foda!!!!

E podem acusar o Mojica de tudo, menos de falta de criatividade nos diálogos. Suas frases de efeito são sensacionais, como a que ele fala pro Coronel, que era pai da sua escolhida para gerar o pequeno Zanatasinho: "você não gosta de mim, mas sua filha gosta."

Daí rola a famosa cena quando o Seu Zé é levado ao Inferno. O visual da cena é melhor do que Pandora!

A ida ao inferno começa com a aparição de uma horrorosa fantasma negra, sem rosto, magra e alta... uma coisa que quem vislumbrar perto da cama pega o terço e reza. Pior que a Natre.

Pois é na cama (que é PIQUES, caraio!!!) que essa figura agarra o Seu Zé e o leva a um cemitério, onde surgem mãos que começam a puxá-lo para dentro da terra!!! Quem falar que é mal feito leva porrada!!! Ai ele vai pro inferno, na única cena colorida do filme, e lá ao contrário do convencional, é gelado, com direito a neve, torturas e gente presa na parede.

Cara, e a cena dos jagunços que o Coronel arruma para acabar com o coveiro, é outra pérola do cinema mundial: ele consegue dar cabo de três de uma só vez, enquanto tranqüilamente fuma seu cachimbinho e ouve Tico-tico no Fubá.

E o pântano então? Um buraco de três por dois metros no chão, mas que dá até pra usar canoa, he, he, he...

Por fim, informo pra quem ainda não sabe que o final do filme foi adulterado pela censura da época, que obrigou o Mojica a dar uma "mensagem positiva".

Quem lembra da cena de abertura do Encarnação do Demônio (seqüência direta) observou que o Mojica teve a chance de consertar esse bigode que o obrigaram a pintar em sua Monalisa. E posso adiantar que ficou do caralho.

Filmaço, altamente recomendável, e para quem vier aqui falar o contrário eu pergunto: Você conhece o Seu Cuca?

E depois tem gente que vem me falar que bom é o Joel Schumacher, tsc, tsc...