quinta-feira, 22 de abril de 2010

Zombies Of Mass Destruction

Informações Técnicas:
Titulo Original: Zombies of Mass Desstruction
Ano de Lançamento: 2009
Pais de Origem: EUA
Tempo de Duração: 92 minutos
Diretor: Kevin Hamedanj
Sinopse: A vida é maravilhora para a população tranquila, na ilha de Port Gamble... até a liberação de um vírus zumbi!

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1134674/

Trailer:



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Avaliação do Luisão (felizão: encontrei finalmente um sucessor para o Romero)


Apenas quatro noites depois do “O Massacre”, aquele filme “muito da bicha vagabunda”, nos reunimos novamente para nossa sessão semanal. Parece que agora engrenou a QM 2010, a assiduidade está impressionante, estamos no 14º filme do ano, o que não é nada mal.

O pré-esquenta dessa noite não foi no Bar do Ton. Sim, variamos! Dessa vez fomos na “padoca do gordo sem pescoço”, um lugar que o Erik e eu as vezes tomamos uma cervejinha rápida, mas nessa noite eu achei meio barulhento e pouco aconchegante, mas bele, o que importa é quebrar a rotina. Mas não se engane, todo o resto foi igual, rsrsrs...

Vamos a película. O filme que nós escolhemos originalmente foi o Case 39, um sobrenatural com a Renee Zwelgdargdar, mas deu pau no som do filme... mais um que não funcionou, problema técnico corriqueiro do evento, he, he...

Bem, eu tinha interferido a favor do Erik que esta noite não estava presente, propondo ao resto do grupo de não assistirmos o Zombie of Mass Destruction (doravante apenas ZMD) nessa sessão porque sei o quanto o Erik ama zumbis, quase tanto quanto eu, e gostaria de estar presente. Mas o destino não ajudou. Case 39 não funcionou, partimos para o ZMD. Eu ia propor um outro filme que minha prima de Jacareí me emprestou, mas achei melhor me recolher...

Vamos lá. Esse filme foi escrito e dirigido por um diretor novo chamado Kevin Hamedani e consta na net que este foi o seu primeiro filme.

Na verdade entendo que é um filme “com zumbis” e não de zumbis, eles são quase que figurantes, ou melhor personagens secundários.

Grata surpresa. O filme é engraçado, inteligente, tem crítica social, um pouco de gore e escatologia a la Fome Animal, ... resumindo fódão... caraio, gostei muito desse filme!

Ah, e deixo claro que não é uma comédia, antes que venha o Zé Ruela do Pedro e fale que é um “terrir”, (pra ele tudo é Terrir!!!), mas tem horas que a gente rola de rir!

Vendo o filme eu lembrei que a gente ficou duas semanas atrás chorando porque o George Romero "não é mais o mesmo" que “a pipa do vovô não sobe mais”, etc, e bem ali tem um cara que pode até dar continuidade ao legado do mestre.

O filme se passa "nos dias de hoje" mas tem um visual levemente retrô, parece filmado nos anos 80. É ambientado em uma daquelas cidadezinhas pacatas dos Estados Unidos, onde todo mundo se conhece, mas que têm cabeça de vento.

Passamos a acompanhar o dia-a-dia de Frida, nossa heroína, uma garota muito bonita, mas que tinha conflitos de identidade porque era meio americana meio iraniana/iraquiana/beduína/árabe, sei lá... uma dançarina do ventre ae!!! Seu pai que era o iraniano/iraquiana/sírio/armênio, sei lá... um Borat ae! E ele queria que ela "se comportasse" como uma... desse povo ae que come quibe.

E mesmo que ela não seguisse os costumes do seu povo, tinha sempre alguém que a chamava de "iraque". Até o imbecil do namorado.

Tem também um casal de gays, que só um deles era da cidadezinha feliz, ou outro não era, mas nenhum dos dois morava lá. Eles tinham ido finalmente contar a verdade da opção sexual escolhida para a mãe de um deles. (só esses dois quase que já valem o filme!). A caracterização dos gays não é forçada como em qualquer Zorra Total da vida, mas mesmo assim engraçada.

Outro personagem que se junta eles é a professora, que tinha horror a armas e à violência.

Como em toda cidade pequena, existem líderes nessa também... um era o prefeito republicano todo político, que vivia se auto promovendo. Seu único amigo e aliado era o pastor da igreja, que fazia lavagem cerebral dos fiéis com seus sermões preconceituosos.

Ainda tinha um imbecil canadense que era americanófilo e também preconceituoso ao extremo. Vocês leram que ele era canadense??? Então, tá... ele era casado com um alcoólatra burra e que tinha um filho bocózão.

Bom aí algumas pessoas morrem e viram zumbis, que vão mordendo e contaminando outras, comendo gente, etc e tal! Aquele típico momento divertido e bonito de se ver, que tem em todo filme de zumbi que presta.

E a TV diz que tudo era devido a um vírus que os terroristas haviam lançado no lugar!

Enfim, um filmaço ácido e bem divertido.

Destaques: cena da mãe do casal gay que come o próprio olho. Aliás, a cena do jantar me lembrou o jantar do Fome Animal.

O Iraniano-pai gritando "Friiiiiiidaaaaaaa" com um facão na mão e detonando zumbis foi a cereja do bolo!!! He, he, he...

O pregão no pé da Frida, que nesse momento percebi que devia chamar Sofrida... ta, não teve graça, e tal...

Tratamento “ludoviko” a la Laranja Mecánica nos zumbis ou ainda a tentativa de exorcizar o demo no corpo de um zumbi.

Recomendadíssimo!!! Sério candidato na minha lista dos 5 mais de 2010.

E tal!
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Avaliação do Erik (O pé frio!).

Após muito divagar a respeito, cheguei a conclusão que dou um azar da porra! Sempe que não estou presente, tem filme bom na parada! Acho que vou começar a participar da QM por vídeo conferência pra ver se damos mais sorte na escolha dos filmes.... afinal os filmes desse ano tem deixado bastante a desejar.

O filme tem tudo para agradar os apreciadores de filmes de terror, principalente a vertente zumbizística (eee..inventei uma palavra!!) do gênero.

Estreando na direção, Kevin Hamedani, que também escreveu a bagaça, prova mais uma vez que falta de dinheiro não é desculpa pra filme ruim.

O filme arrasa com todos os estereótipos das típicas cidadezinhas redneck americanas. (Nunca fui pra lá... mas juro que deve ser assim!!!! Rss..) Sobram farpas pra todo mundo: fanáticos religiosos, falsos moralistas, políticos bairristas, anti-gays, e anti-tudo que for diferente. Detonando com precisão toda espécie de fobia que foi legitimada pelos ataques terroristas mais famosos do mundo.

Spoilers moderados
O filme é engraçado, sem ser “engraçadinho”. Destaco aqui o jantar com a mãe que vai virando zumbi... e come o próprio olho, homenagem clara ao mega-cráááássico “Fome Animal” (se você ainda não assitiu.. corre pra locadora.. ou pro site de download mais próximo), e também a sequência em que a iraquiana do Irã (que na verdade tem cara de indiana...) é torturada pelo fanático americano ... que é canadense.. hehe
Isso é que é globalização.

A máquina de “desengayzar” (invetei mais uma! Hoje eu tô um Aurélio!!!) também é hilária e merce destaque.

Faltou uma cena mais escatológica de banquete zumbi... mas como eu já disse antes em alguma avaliação.. não se pode ter tudo nessa vida
... e tal.
Fim dos Spoilers moderados

Os zumbis são estilo Romero, lentos, mas ninja na hora de morder alguém. E as cenas mais gore são melequentas e divertidas.

Eu colocaria o filme no meio do caminho entre uma sátira mais comportada, como “Shawn of the Dead”, e uma lambança total estilo TROMA ou “Fome Animal”. Fica agora a curiosidade quanto ao caminho que o diretor Kevin Hamedani vai seguir a partir daqui. Tem tudo pra seguir os passos do já consagrado Jake West, que já alegrou nossas QMs com “Evil Aliens” e “Doghouse”.

Gostei muito e recomendo. E chame o reverendo da sua cidadezinha pra assitir junto.

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