sexta-feira, 12 de março de 2010

[REC] 2

Informações Técnicas
Título no Brasil: [Rec] 2
Título Original: [Rec] 2
País de Origem: Espanha
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 85 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Estúdio/Distrib.: PlayArte
Direção: Jaume Balagueró / Paco Plaza
Sinopse: Sequência de [REC], o filme de terror que conquistou público e crítica em 2008 e que reinventou o gênero. Os maiores horrores voltam a ser registrados no mesmo prédio onde dezenas de pessoas foram brutalmente assassinadas.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1245112/

Trailer:

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Avaliação: Pedro (Que não entraria naquele prédio nem junto com o Capitão Nascimento)

A noite mais uma vez teve quorum baixo, só eu e o Luis, o André na Praia, Erik em Londres, Luizinho não sei onde... pouco importa seu bando de ingratos, a Macabra resistirá e não vamos mais esperar vocês para assistir os filmes Bons, o esquenta foi convencional, apareceu o Marcão desavisado para falar com o Luis e acabou ficando por lá.

Como eu disse antes, não vamos guardar filmes bons para sessões mais cheias, e foi o caso dessa noite, dessa vez vou começar a avaliação pelo final, pelo veredicto... Rec 2 é um filmão, recomendadíssimo.

É exatamente uma continuação do REC, o prédio onde teria uma suposta contaminação e a repórter entrou junto com os bombeiros e acabaram ficando presos pois ouve uma interdição e isolamento do prédio, agora é a vez de entrar um grupo de 4 policiais de uma espécie de Swat espanhola junto com um agente da vigilância sanitária com a missão de recolher amostras para exames. E lá dentro se deparam com os contaminados extremamente violentos e vindo pra cima ao estilo extermínio...

O Filme é muito bem filmado produção muito bacana, nitidamente com um orçamento muito maior que seu antecessor, as vezes dinheiro demais atrapalha, a produção aumentada e qualidade das imagens, tiraram um pouco o charme, que tinha no REC de ser extremamente tosco e realmente passar a sensação de ser filmado pela mão do repórter, nesse filme apesar da idéia ser de um dos policiais estar com a câmera na mão, não surtiu o mesmo efeito.

O Gore está presente o tempo todo, maquiagem muito bem feita, e assustadora, destaque para o moleque que amarram em uma cadeira e para criança que explodem a cabeça, com uma espingarda, o chão é praticamente 100% tomado por sangue o filme inteiro. Sustos, só tomei um ou outro, mas fiquei o tempo todo com a tensão no limite.

Outro destaque positivo para o filme é ritmo que o diretor imprime, não da pra tirar os olhos da tela 1 segundo senão vai perder alguma coisa bacana.

A partir de agora tudo que eu escrever é SPOILER GRANDÂO, o filme da uma guinada e uma explicação completamente diferente do que todos imaginavam, e isso acontece logo nos primeiros minutos, mudou 100% o foco, os infectados e que todos classificavam como zumbis na verdade eram possuídos, o diretor resolveu encarar tudo como possessão demoníaca. Discuti isso com o Luis rapidamente após o filme, se essa virada tinha sido boa ou não, pensando depois sobre o assunto, acho que só o fato de ter que pensar se foi bom ou não já é sinal que não agradou, quando gostamos de algo essa resposta já é imediata. Apesar de ser o menos purista da galera e gostar de inovações não consegui processar bem essa mudança de paradigma tão radical. De forma alguma deixou de ser um filme excelente, mas deixou de ser o REC que conhecemos e adoramos, mas foi tão drástica a mudança que afeta inclusive a forma de ver o primeiro filme.

Mais uma vez recomendo que vejam e tirem suas conclusões, gostando ou não gostando da explicação dada pelo diretor a diversão é garantida.



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Avaliação do Luisão (aquele que tem muito medo, mas muito medo mesmo da menina Medeiros)

Sinceramente, hoje estou com preguiça de fazer o diário da balada, se alguém quiser que faça... também não aconteceu nada de importante ontem. Vamos ao filme.

O primeiro [REC] é um dos melhores e mais assustadores filmes que eu assisti nos últimos tempos. Frenético, escuro, tenso... clássico instantâneo. Grande película do cinema espanhol, país este sem grande tradição no terror, mas com alguns bons frutos já surgidos: o diretor Alejandro Aja, o filme El Orphanato, etc.

Depois daquele atentado ao bom senso batizado de Quarentena (argh), o dispensável, inútil, feio, chato e bobo remake americano, os produtores espanhóis começaram a anunciar a produção de uma seqüência do original. Claro que nós, macabros ansiosos que somos, começamos a contagem regressiva do vazamento do filme na net, e a expectativa de que seja lançado nos cinemas brasileiros e em dvd e Blu-ray (eu tenho, he, he, he...)

O dia chegou, e fomos brindados pela aguardada sessão de [REC2] na Quarta Macabra de ontem a noite.

De cara um destaque: [REC2] começa exatamente onde [REC] terminou, não vejo uma seqüência tão imediata assim desde a trilogia O Senhor dos Anéis. Sendo assim, o cenário do filme original está intacto: mesmo edifício, fotografia e mesmos infectados... será que são infectados mesmo??? Acho que não.

A ação do filme começa em 1 minuto de exibição, e acompanhamos a entrada de um grupo de militares no edifício sitiado: apenas 3 soldados e um “agente do Ministério da Saúde”. De boa, me respondam o porquê de um destacamento tão pequeno pra entrar num edifício horroroso, cheio de “infectados” from hell??? Era missão para um destacamento G.I Joe completo, liderados pelo Chuck Norris, com apoio do Steven Seagal, Jackie Chan, Rambo, Sidney Bristow, Jack Bauer e Marcelo Dourado!!!

Mas isso vai ocorrer só no Quarentine 2, que eu vou assistir comendo salame a milanesa..........................NOT!!!

E lá vão os 3 soldados (sendo dois deles bem gordinhos) e o “agente do governo” prédio interditado a dentro pegar uma amostra de sangue infectado para a busca de um antídoto pra “infecção”... estou me segurando pra não soltar spoilers, rsrsrs.

A filmagem do que está ocorrendo nessa seqüência é viabilizada por pequenas câmeras acopladas aos capacetes dos soldados, que como no primeiro filme, retratam em primeira pessoa o que os personagens estão vivenciando.

A partir daqui não tem jeito, vão surgir no texto

*** SPOILERS *** SPOILERS *** SPOILERS ***

(Spoiler é que nem peido, não dá pra segurar pra sempre, he, he...)

Após um primeiro contato dos militares com um infectado, o que não demora a acontecer, é revelado que o “pesquisador” na verdade é um padre exorcista, e que os infectados são possuídos pelo demônio. O padre “tira da manga” uma explicação sobre a menina Medeiros ter sido possuída pelo demônio. Então a Igreja Católica teria designado um padre exorcista para mantê-la encarcerada em um apartamento naquele edifício a fim de estudar as reações químicas que ocorrem no corpo dela enquanto possuída, buscando um possível antídoto cientifico.

Padre católico estudando reações no corpo de uma criança... hummmmmm, então tá, né... seria mais seguro deixar as crianças com o Michael Jackson (R.I.P).

Achou a explicação do roteiro absurda? Eu também, mas o filme é corrido, tenso e divertido, então vamos em frente.

A missão do padre é localizar uma amostra de sangue da menina Medeiros e levar para fora do edifício a fim de continuar as pesquisas. E os sobreviventes??? Ah, que se fodam... após a saída desse grupo com a missão cumprida, a ordem é incinerar o edifício. Churrasquinho espanhol.

Paralelo a esse grupo de militares, no meio da narrativa surge um novo grupo que entra clandestinamente no edifício: um morador atrás da mulher e filha, auxiliado por um bombeiro, seguidos por 3 adolescentes.

O filme passa por um momento clássico de suspense e tensão, suspense e tensão, suspense e tensão, com os dois grupos andando pelos corredores do edifício e cômodos internos dos apartamentos, e se deparando comumente com os possuídos. Óbvio que dá merda e morre um monte de gente.

Detalhe, o roteiro deixa pra trás dois dos adolescentes: a menina xiliquenta que dá um pipoco no bombeiro e um moleque que mal aparece a cara porque está sempre filmando.

Sinceramente, o filme te deixa grudado na cadeira em vários momentos, atento, mas enjoa um pouco nos ataques porque os possuídos sempre agem da mesma maneira. Esperam alguns segundos imobilizados e depois atacam correndo e quase enfiando a cara cheia de sangue na câmera de quem está sendo atacado... o truque é repetido a exaustão.

Outro detalhe negativo: o enfrentamento entre os “possuídos” e os não possuídos é muito mal coreografado. Fica um empurra-empurra tipo menininhas brigando no primário.

A maquiagem dos possuídos em sua maioria também é simples demais: parece que alguém jogou um tomate na cara deles... vermelho e ponto. Mas temos três destaques positivos: o possessão do adolescente do grupo e seus olhos negros, espumando sangue pela boca, uma outra menininha possuída que os soldados imobilizam, e claro, a menina Medeiros. Ela é “horrorível”, devia se chamar velha Medeiros, quem viu o primeiro filme sabe do que estou falando.

Por fim os sobreviventes dos dois grupos se encontram, e ganham um reforço (o Chuck Norris? o Steven Seagal?? o Dourado???, não...) a repórter peitudinha e choraminguenta do primeiro filme.

Ai vem a melhor parte, eles adentram a sala onde vive a menina Medeiros com suas tetas caídas: uma espécie de sótão sugismundo. Detalhe: eles têm que permanecer no escuro para visualiza-la.

Imaginaram: sala fedorenta; escuridão; menina Medeiros!!!

Essa é a cena final. Tem final surpresinha sim! Mas eu não vou contar.

Concluindo:

O filme não é perfeito, longe disso, a película de filmagem não nos passa a sensação de câmeras amadoras ou alojadas em capacetes. Nesse quesito o primeiro é muito melhor.

A guinada de roteiro em relação ao primeiro filme também achei uma cagada. O problema a ser combatido se tratar de “possessão” ao invés de “infecção” parece meio que inventado de última hora. Fica forçado demais, ver os outrora infectados com medo de crucifixo e de reza tosca... a cena do terço na porta do quarto que impede o policial “possuído” de sair, é triste... e piora: na seqüência ele fazendo voz de criança... deprimente.

Possessão que vai se espalhando como se fosse uma infecção altamente contagiosa já vimos no Demons do Mario Bava. Mas naquele clássico oitentista, os demônios eram entidades sem conexão com nenhuma religião, que mordiam e passavam a maldição adiante... no [REC2] não, é o capeta católico mesmo, estilo exorcista... sei lá, eu não gostei disso, mas desliguei o cérebro e me diverti com a correria.

Os atores também deixam a desejar, com framboesa de ouro pro ator que faz o padre... ruim demais!

Assistam, eu acho que o primeiro é muito superior, mas essa seqüência tem ótimos momentos, vale muito a pena!!! Uma bela experiência seria assistir os dois de uma vez, como se fosse um filme só de três horas de duração...

Ah, e o Quarentena 2??? Quero que se foda...

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Avaliação do Erik (o lanterninha da macabra...)

Depois de um tempinho enrolando (a culpa não é minha, é do Xbox!), finalmente vi essa sequência, já que, por motivos de força maior, eu não estava presente na QM em este filme foi visto. Ás vezes isso é até bom, pois consigo entrar mais no clima assitindo sozinho e no escuro (será que é por isso que eu durmo?).

O primeiro “
REC” foi umas das mais gratas surpresas do ano domini macabrum de 2008. Não vou ficar chovendo no molhado quanto a comparação entre o original e a sequência. Lóóóóóógico que primeiro é melhor, pelo filme em si, pela criatividade na forma de filmar (tá, esse esquema de filmagem “bruxa de bair” já tinha sido feita antes, mas foi executada aqui com maestria) ,pela tensão e pela sangreira. Mas, optando por não denegrir a obra pela comparação com o anterior, considero essa continuação divertidíssima e assustadora.

E um dos pontos que me agragradaram foram exatamente as explicações que mais incomodaram 12 em cada 10 pessoas que viram o filme. Imagino que, pra que o filme não virasse um “
REC” requentado, já que se passa no mesmo prédio, com a mesma situação de infecção e isolamento, os diretores resolveram dar uma explicação no mínimo “critativa” pro acontecido. Os infectados na verdade estão possuídos por um espirito do mal, ou pelo próprio capiroto, sei lá. O fato é que a coisa se espalha como uma infecção, mas trata-se de uma caso de posessão demoníaca. Sendo assim, os infectados podem mudar de voz, ou serem detidos com orações e afins. E a missão da equipe da SWAT, e do padreco que entra junto no prédio, é encontrar uma amostra de sangue da menina possuída que começou bagaça toda.

Se o primeiro filme era uma mistura de “Extermínio” com “A Bruxa de Blair”, esse virou um “Extermínio”+ “Exorcista”.

Sendo assim, os infectados/possuídos passam a fazer o que a gente tanto gosta, derrubar um a um, seja a galera da SWAT, seja um grupo de adolescentes pentelhos que caiu de para-quedas na trama e que grita, grita e griiiita, até não poder mais. Se eu fosse da SWAT eles seriam os primeiros a tomar um cola-brinco. Mais uma boa idéia dos diretores foi incluir várias visões de filmagem, já que os tiras tinham uma câmera em cada capacete, mais a câmera da molecada e uma outra que aparece no final da trama (não vou dar mais esse spoiler).

Tudo isso me agradou muito mais do que os pontos negativos que posso destacar, como os fraquíssimo atores que interpreta o padre e os tiras, tipo novela mexicana, e a pouca ou nenhuma empatia com os personagens. Admito que esse samba do crioulo doido de infecção por possessão, por mordida e (spoiler) por verminho poderia ser tratado com mais cuidado. E a história de acende-a-luz-apaga-a-luz-pra-ver-melhor me pareceu meio forçada.

Mas destaque o positivo fica exatamente pra sugismunda Medeiros que aparece no final da trama, numa sequência de %#¨$&@ nas calças, e o pipoco certeiro na cabeça do bombeiro que estava de babá da molecada, seguido pelo tiro no infectado/possuído/mordido/zoado.

Remando contra a maré, recomendo sim este filme. Tem tudo que o que gostamos num filme de terror: gore, surpresinha, aflição...


3 comentários:

  1. Estranho isso ... o esquenta foi tãããããão sem graça ... não mereceu muitos comentários, mas o filme só começou as 23hrs .... por que será!?!?!?! rsrs

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  2. É que o dono da casa queria ver a escolha do lider no BBB antes de começar o Filme... Como é ele que manda e o André não estava presente só obedecemos, mesmo contrariados...

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  3. O que que adianta não falar em BBB na avaliação se voces soltam nos comentários...

    Paula você é uma Maroca!!!

    Pedro você é um Elieser!!!

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