sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

The Wolfman

Informações Técnicas
Título no Brasil: O Lobisomem
Título Original: The Wolfman
País de Origem: Reino Unido / EUA
Gênero: Terror / Suspense
Ano de Lançamento: 2010
Estréia no Brasil: 12/02/2010
Site Oficial: http://www.thewolfmanmovie.com/
Estúdio/Distrib.: Universal Pictures do Brasil
Direção: Joe Johnston
Sinopse: Assim como no clássico original de 1941, estrelado por Lon Chaney Jr., esta refilmagem também é ambientada na Inglaterra Vitoriana. Na história, Del Toro faz o papel de Lawrence Talbot, um homem que retorna da América para sua terra ancestral e no caminho é mordido por um lobisomem. Talbot começa sua assustadora transformação sob a lua cheia.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0780653/

Trailer:

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Avaliação do Luisão (o que sempre torce pela espécie canina)

Primeira Quarta Macabra do ano realizada em um cinema. Sempre um grande momento pra mim, porque sou fanzaço de cinema e assim saiu um pouco de casa (sede das macabras), he, he, he...

Essa primeira macabra nos cinemas de 2010, é também a primeira vez que não fomos no Cine Bristol em macabras, e assim, graaaaaaaaaaças a Deus, escapei de ver o salame a milanesa do boteco da Rua Augusta... que é a coisa mais ensebada que eu já vi!!!

Aliás, por alteração no endereço comercial da dupla André e Erik, somado ao distanciamento do Pedro, e a minha pouca vontade de sair da minha querida Pompéia, acho que o Bristol (aka: cinema perto do salame nojeeeeento) deixará de sediar nosso evento. Lamento, Sr. Diretores do Bristol, mas vocês nos perderam, espero que o cinema não perca muito da popularidade e do movimento por nossa causa. Boa sorte pra vocês!

Pois bem, esquenta rapidinho pelo excesso de compromissos do grupo (mais uma vez só o trio que vive em harmonia: Pedro, Erik e eu, vulgo Trio Florais de Bach), partimos para a sessão: The Wolf Man, aguardado remake do clássico da década de 40.

Se no original tínhamos os “les enfant terribles” do cinema de horror da época, Bela Lugosi e Lou Channey, nesse remake temos um trio de atores com carreiras respeitáveis: Benicio Del Toro, Anthony Hopkins e Hugo Weaving!!!

Eu gostei do filme. Classudo, produção de primeira, fotografia da Inglaterra Vitoriana (tanto Londres como o interior) impecável, bons efeitos especiais que mesclam CGI com tripas em látex e muita tinta vermelha, e desempenho dos atores razoável.

Sim, apenas razoável, e acho que estou sendo bondoso. O Anthony Hopkins faz o papel de Anthony Hopkins mesmo, e olha que eu já fui fã dele enquanto Hannibal Lecter. O Hugo Weaving (gosto muito dele como Agente Smith e do Elfo no Senhor dos Anéis que eu esqueci o nome) mas aqui está apenas correto... de longe o melhor dos três, mas podia ter seu personagem melhor desenvolvido. Já o Benicio del Toro continua feio e ***SPOILER*** protagoniza a morte mais canastrona dos últimos tempos, parecia cena do Chapolin.

Mas o filme tem um lado bom?? Tem, sim... vários!

Saliento em primeiro o lobisomen! Desde os anos 80, com o lançamento de três filmes seminais sobre licantropia: Um Lobisomen Americano em Londres (the best ever!), Grito de Horror e Bala de Prata, a caracterização dos lobisomens foi se aproximando cada vez mais de um lobo grande. Chegou ao ridículo dos “lobisomens” do Lua Nova, que nada mais são do que lobos-tamanho-familia.

Nesse The Wolf Man, a caracterização dos lobisomens é aquela clássica, igual a do filme original, um homem com feições de lobo, mas formato de cabeça humana cheia de pelos, roupa rasgada, mãos e pés próximos a patas, mas ainda com características humanas. Anda sobre duas pernas, mas corre como um lobo. Um híbrido, um amálgama entre homem e lobo! Não um lobo grande.

O gore é na proporção exata. Não muito pra descambar pro splatter, mas sim a necessária dose de sangue e tripas pra dar verossimilhança a violência da besta em ação. E muitas das cenas de gore não são em CGI, o que é muito satisfatório pra mim.

Muitos sustos, todos previsíveis, mas eficazes. O lobisomen em ação é muito rápido e violento. Destaque para o ataque ao acampamento cigano, uma tocaia dos moradores de Blackmoor em umas ruínas na floresta e ele correndo pelos telhados de Londres. Aliás, como está fácil com as novas técnicas de cinema retratar a Londres vitoriana, vide Sweeney Todd, Sherlock Holmes e esse filme.

O roteiro é controverso. Por ser um remake de um filme da década de 40, é um tanto quanto ingênuo. Mas bem levado pelo diretor, ao menos até a meia hora final, quando decai muito, com uma dispensável rinha entre pai e filho, e algumas canastrices da dupla de atores principal.

Ah, tem uma ponta da Geraldine Chaplin como uma cigana sugismunda e cadavérica.

Presente a clássica cena de derretimento de objetos dos aldeões pra confecção de balas de prata, e outros clichês da lenda do lobisomen, como ele uivando pra lua cheia num telhado, a transformação com a lua alta no céu, etc... todos clichês bem vindos.

Vou soltar uma opinião pessoal, sem pesquisar o tema, nem nada... portanto, pode ser uma pérola da ignorância, mas... como que no hospício tinha tratamento a base de gelo e choques elétricos em pleno século XIX, e as casa e ruas estavam a luz de vela ainda?!?!?!? Mistério...

Lembrei de outra cena que eu adorei, a do seminário dos médicos em que o Talbot (Del Toro) é levado para a comprovação, em noite de lua cheia, que ele é “só” um louco, e não uma besta transmorfa... da vontade de falar pro professor: isso vai dar merda, vai morrer gente...

Bom, é isso, sou fã de filmes de lobisomen, então sou suspeito, mas pra mim, é filme recomendável, assistam!
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Avaliação: Pedro (Que não tem medo do Lobo Mau)

Até que enfim conseguimos nossa Quarta Macabra especial no cinema, semana passada tentamos mas a chuva impediu que chegássemos no cinema, dessa vez conseguimos na quinta por conta do jogo do Corinthians na quarta... rsrsr calma gente não estamos acostumados a participar de Libertadores, então é plausível pular pra quinta nossa sessão macabra.. .rsrs Apesar que quinta por enquanto está sendo um martírio perdermos a escolha do Líder no BBB 10, enfim, não tem como ter tudo. Perdemos o BBB mas assistimos um belo filme.

The Wolfman é remake do clássico da década de 40. A história se passa na muito bem ambientada Inglaterra Vitoriana, podiam até aproveitar o Set de filmagem do Sherlock Holmes. rsrs Parte em Londres e parte em Blackmoore uma cidade vizinha onde mora Sir John Talbot personagem de Anthony Hopinkns, que fica muito longe das suas grandes atuações mas convence no papel, seu filho Lawrence Talbot interpretado pelo Benicio Del Toro volta da América por conta do sumiço do seu irmão.

Normalmente eu sou o menos purista, o que menos dou valor para clássicos ou referencias a coisas do passado, gosto de inovações de ser surpreendido, mas nesse caso gostei muito e fiquei aliviado do filme manter e resgatar o que eram os bons filmes de Lobisomem. Começando pelo próprio Lobisomem, nos últimos filmes que vi a caracterização estava cada vez mais distante da imagem clássica, eles estavam virando cada vez mais lobo e cada vez menos Homem, rsrs The Wolfman resgata a imagem clássica, cara peluda dentes grandes, mão peludas, pés de cão mas que mesmo assim propicia um andar hibrido entre um bípede e um quadrúpede. Bala de prata, transformação na Lua cheia, uivos pra lua, todos esses detalhes muitas vezes esquecidos em produções anteriores estão presentes nesse filme.

Os Efeitos especiais são muito bons, o diretor conseguiu balancear bem o uso de CGI com efeitos tradicionais que dão um bom efeito Gore, muito sangue e tripas sempre caem bem em filmes de terror, destaque para a aguardada cena da transformação, na mediada .... o clima sombrio do filme não é magnífico mas é bem feitinha a ambientação na floresta, no acampamento cigano, na mansão sujismunda, chega a passar um certo medinho, por falar em medinho sustos é o que não falta nesse filme... tomei vários, mesmo estando preparado.. rsrs

Não assisti o clássico dos anos 40 não sei dizer se esse copiou o roteiro na integra, mas achei que podia ser mais ágil, tentativas de encaixar romance, com cenas de jogar pedrinhas no lago flertando com a cunhada, cansam um pouco e são desnecessárias. Também não gostei muito da seqüência final, apesar de ser muito bem filmada. SPOILER “A tentativa de mostrar uma certa afeição e reconhecimento da Fera pela bela mocinha não me convenceu. Mas isso não tirou pontos suficientes para rebaixar a classificação do filme, mesmo com esses pequenos deslizes, é um Filmão, Recomendo.

Mais um SPOILER que eu não podia esquecer... SPOILER GRANDE, a Cena que o Anthony Hopinks se transforma em Lobisomem e rasga a camisa mostrando seu peito peludo me fez lembrar muito um grande brother... Jojoba, pra quem não conhece ele é praticamente o filho do Tony Ramos ambos membros do clã dos Lycans de Underworld... Jojoba você poderia ser duble de peito nesse filme.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Colin

Informações Técnicas
Titulo Original: Colin
Diretor: Marc Price
Produção: Marc Price
Roteiro: Marc Price
Duração: 97 min.
Ano: 2008
País: Reino Unido
Gênero: Terror
Estúdio: Nowhere Fast Productions
Sinopse: Colin (Alastair Kirton) é mordido por um zumbi e morre. Ele retorna como morto-vivo e se aventura em um mundo novo e selvagem, tomado por zumbis que invadem as ruas e provocam um apocalipse. Para sobreviver, Colin enfrenta outros seres da mesma espécie, além da ação dos humanos que sobreviveram

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1278322/

Trailer:

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Avaliação: Pedro (O Colin do dia 2 de Novembro)

Depois de uma reestréia com um final meio tumultuada, essa Quarta Macabra correu na mais santa Paz, sem muitas novidades no esquenta, como o quorum estava baixo, pulamos a primeira parte do esquenta no bar do Ton, e fomos direto para Sede debater sobre o BBB 10, rsrsrs

O Filme escolhido por unanimidade foi o Colin, filme que ficou famoso por ter tido um baixo orçamento (cerca de U$ 70) na verdade o filme custou muito mais... U$70 foi o que saiu do bolso do diretor e produtor, todo o resto ele conseguiu de graça com amigos. Foi dito por ele que só gastou com café no estúdio e com um pé de cabra. Rsrsrs Colin foi exibido e aclamado no festival de Cannes o que nos deixou mais curiosos ainda... o que o publico de Cannes entende de Zumbi ???? rsrrs

Estou com esse filme a muito tempo, mas estava aguardando uma legenda para ele... grande bobagem, pois o filme quase não tem falas.

A idéia é bem original, mostrar uma invasão zumbi pela ótica de um contaminado, todos os outros filmes do gênero a visão é sempre de um grupo de sobreviventes. Colin mostra as etapas, desde a contaminação até o apodrecimento do sujeito, (que da nome ao filme) passando pela transformação.
Logo após a transformação Colin sai as ruas pra zumbizar, no mais clássico estilo Zumbi mocorongo, e olha que ele caprichou na mocoronguise me lembrou muito nossas atuações nas Zombie Walks.. rsrsrs

Enfim, o filme é isso, não tinha nem como tentar elaborar um roteiro mais complexo, Colin grunhindo por ai, procurando um lanchinho, deparando com alguns sobreviventes, alguns sendo comido, outros tentando matar o maior numero de zumbis possíveis antes de se entregar, em alguns momentos encontra outros zumbis, mas na verdade ele não se junta as hordas, prefere vagar como um lobo solitário rsrsr.

O diretor consegui passar bem a sensação de ser um zumbi, em determinados momentos parece que ele vai ter uma luz de consciência, como no momento que pega uma peça de Lego ou quando pega um IPOD de um cara sendo comido, mas para nossa sorte isso não acontece, e Colin volta a zumbizar.

Podemos discutir todo esse aspecto, de características zumbis ou não, o que pode ou não pode um zumbir fazer... mas acho bobagem, é uma discussão sem fim e sem fundamento, prefiro me abster desses detalhes, como por exemplo, Colin parecendo sentir dor em determinados momentos (Zumbi não sente dor, zumbi não ouve Ipod, rsrs ) mas esses detalhes pouco interferem.

É nítida a falta de orçamento e o amadorismo, mas tudo feito com competência o que torna Colin um bom filme, as cenas gore não são exageradas, mas são muito boas, destaque para cena que um sobrevivente é puxado pra dentro de uma janela por um grupo de zumbis e quebram os ossos da perna.

A Londres devastada não é nada comparada com a Londres de Extermínio por exemplo, mas é bem feitinha e consegue passar a ambientação do filme. Tirando um CGI de um prédio pegando fogo... rsrs muito ruim.

Não gosto muito de cenas com câmera tremendo, mas são necessárias em alguns filmes principalmente em filmes com orçamento baixo, porém em Colin essas cenas são longas e cansativas uma dosagem um pouco menor desse artifício seria o ideal, mas nada que comprometa o andamento nem a qualidade.

Recomendo.


PS. Ah Lembrei.... Valeu Erik pela criação do nosso novo Logo ai em cima !!!
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Avaliação do Luisão (aos amigos eu só peço uma coisa: se um dia eu virar zumbi, não deixem ninguém roubar minhas havaianas!!!)

Essa semana oficialmente nós não teríamos Quarta Macabra. Primeiro pelo regime de quinzenalidade, e outra pelo barraco da semana passada.

Mas, a vontade de realizar o maravilhoso evento venceu. Em conversa com o Pedro e o Erik, acabamos combinando em cima da hora a macabra de ontem, e em razão disso, não conseguimos agendar com o André e o Luizinho. O primeiro estava viajando, e o segundo tinha compromisso... e pra ser melhor que ir na macabra, deve ter sido um encontro com uma bela loira... ou duas...

Fato mais impressionante do esquenta de ontem: bebemos só 13 latas de cerveja em três pessoas!!! Incrível.

Falamos de váááários assuntos, nitrogênio, Pandora, Avatar, mas o que mais prendeu atenção dos macabros foi o BBB 10, a primeira edição praticamente feminina do programa...

Então, assistimos Collin, uma produção inglesa, diria eu que amadora, cuja lenda é: custou apenas USS$ 70,00... sei lá se é verdade.

A abordagem do roteiro vem com a alcunha de inédito: um filme de zumbi pela ótica do zumbi!!! Explico: O filme tem início quando o Collin entra em casa ensangüentado, com uma mancha vermelha no peito (eu achei que ele tinha sido mordido no peitinho, rs), com uma mordida no braço.

Acompanhamos os primeiros sintomas da infecção, a putrefação no braço se alastrando, até que nosso herói adormece e já acorda zumbi.

Pois bem, a partir daí passamos a acompanhar a adaptação de Collin a essa nova condição de vida... ou seria de morte... Condição de morto-vivo, pronto!

Em outros gêneros de filme de terror, já acompanhamos esse mesmo prisma. É até comum em filmes de vampiro. Acompanhamos a adaptação de um personagem a condição de vampiro (vide Entrevista com Vampiro, por exemplo), ou mesmo de lobisomen (Um lobisomen americano em Londres). Mas em filmes de zumbi, realmente eu não tenho conhecimento de nenhuma outra produção com esse foco.

E sabe porque ninguém teve essa iniciativa, nem o bom velhinho Romero? Porque zumbi é tudo idiota! Acompanhar um ser que parece que tomou todas, só grunhi, fica com cara de imbecil, não morde ninguém (se procurarmos o termo “Zumbi-mocorongo” no dicionário tem uma foto do Collin como definição), realmente parece chato.

Ai, a grande qualidade do filme... o diretor/produtor, teve a sensibilidade de transformar tanta mocoronguisse em empatia com o expectador. Tem momentos emos? Tem, sim... o fato dele ficar meio que solitário, afastado dos outros zumbis, buscando traços de memória da vida humana, olhando fotos, etc, buscam alguma comoção, mas por sorte o filme não se resume a isso.

Mesmo com a produção modesta (beeeeeeem modesta), algumas soluções visuais são funcionais... câmera tremida tira o foco da maquiagem de zumbis feita de slug, da falta de ação das cenas de ação, etc.

Uma cena me chamou atenção, um grupo de sobreviventes está na sala de uma casa se defendendo de uma horda de zumbis, com panelas, guarda-chuvas, etc... parece bobo, mas a cena é bem feita, chega a ser angustiante. Grande momento.

Outra boa idéia do roteiro surge quando a família do Collin o aprisiona dentro de casa, por não saber como lidar com o problema. Logo ele ganhará uma hóspede, rsrs...

O final é daqueles comoventes de tão chorantes... e mostra como o Collin se infeccionou. E diálogo? Pouco tem!

Saldo final? Totalmente positivo!

Pelo teor desta avaliação, pode dar a impressão errada que eu não gostei. Na verdade, gostei muito.

Entretanto...

Muita maldade roubar tênis de zumbi! Nessa hora eu senti falta de um zumbi velocista, a la Dawn of the dead remake, pra apavorar os “manos do curintia”. Não se faz isso com zumbi!!! O Menino Jesus chorou...
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Avaliação do Erik (vida de zumbi não é moleza...)

Aaahhh... agora sim!

Após uma começo de ano meio conturbado, com filme ruim e ânimos alterados, conseguimos dar uma corrida atrás do prejuízo essa semana, apesar da ausência de 2 participantes.

Antes de mais nada, quero deixar aqui meu protesto quanto ao esquenta pré-filme... olha, sobre terror não falamos muito não.... mas sobre o BBB10, jesuiiisssssss.... achei que o Pedro e o Luizão iam desitir de ver o filme pra torcer pro tal de Dourado... Nessas horas o André faz falta....

Mas, vamos ao que interessa... o tão esperado filme britânico “Colin”.

O diretor, roteirista, produtor, enfermeiro, maquiador e acessor de assuntos aleatórios Marc Price tem uma série de méritos a serem considerados. Além do bom resultado do filme em si, que parte de uma idéia extremamente original quanto a abordagem, não tenho dúvida que divulgar o filme como sendo o mais barato da história, sendo gasto apenas $70 pilas, colocou o diretor na história dos filmes de zumbi. Quem se importa se é verdade ou não?

O moleque protagonista jé começa vítima de uma mordida... e, como você pode imaginar, não foi um cachorro que mordeu não....

Conforme o filme evolui, Colin vai ficando mais “morto”, e menos consciente do que está acontecendo. Apesar dele ser um dos zumbis mais mocorongos que eu ja ví, quase uma múmia paralítica, inconcientemente isso me remeteu a algo verdadeiramente MORTO, que literalemente rasteja por aí, com um deficiência motora severa, distante da realidade do que acontece ao redor, movido apenas pela fome insaciável por carne humana. Se tivesse “Zumbi do Romero” em algum dicionário, provavelmente essa seria a descrição.

As soluções pra falta de orçamento são muito bem aplicadas, e o estilo de filmagem em alguns momentos me lembrou “Evil Dead”. E isso é sempre bom! De fato a película poderia ter 20% menos câmera tremida, e 5% mais emprenho no roteiro. Mas não se pode ter tudo nessa vida. Eu também queria ter 100% mais dinheiro na minha conta bancária... e não tenho.

Um destaque também pro clima triste e soturno do filme. Me fez lembrar o clima do “Day of the Dead” (na minha humilde opinião, o melhor filme da trilogia clássica do Romero). O aparecimento da irmã do Colin humaniza a história, e foi mais uma bela sacada do diretor.

Dizer que esse é um filme absolutamente genial seria exagero, mas também não decepciona em nenhum ponto. O filme cumpre com louvor o que se propões a fazer. Mostar a ótica do zumbi, e não a dos sobreviventes.

Se antes eu já torcia pros zumbis, agora a legião de mortos vivos conta com a minha sincera e redobrada simpatia! Ser zumbi não seve ser mole não!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Halloween II

Informações Técnicas
Título no Brasil:
H2: Halloween 2
Título Original: Halloween II
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 105 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Site Oficial: http://www.halloween2-movie.com/
Estúdio/Distrib.: PlayArte
Direção: Rob Zombie

Sinopse: Michael Myers continua sua busca implacável por vingança. Depois que sua irmã Laurie não o aceita como membro da família, ele se torna ainda mais malvado, já que seu único laço com as emoções foi quebrado. Agora, há duas principais vítimas em seu caminho: a jovem Laurie e o dr. Samuel Loomis.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1311067/

Trailer:

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Avaliação do Luisão (mas que reinício pífio...)

Depois de um longo verão, nós voltamos as aulas! Mas recomeçamos mal e porcamente!

A partir da virada de ano 2008/2009, decidimos entrar em recesso por dois meses de dezembro a fevereiro... férias da macabra. Esse ano fizemos o mesmo, mas parece que foi pouco, que precisaríamos de mais dois meses de férias... nós continuamos estressados.

Assim, o costumeiro diário da macabra de ontem dá até tédio de escrever, resume-se ao esquenta no Bar do Ton, quorum completo, presença surpresa do Beto, um esquenta prolongado, e um final muito chato e desagradável... ah, e o filme foi bem meia bomba pra piorar a situação!

Não vou lavar roupa suja aqui, e prefiro manter o anonimato dos briguentos, mas que foi um balde de água fria, não nego, me questiono se ainda vale a pena.

Espero que o racha alardeado pelos dois amigos envolvidos na discussão, não se concretize, porque qualquer baixa que porventura venha a ocorrer, será uma perda de grande monta pro evento em si.

Vamos ao filme. Ontem não teve votação, fomos direto e reto pro Halloween 2 do Rob Zombie, a livre continuação do bom remake que ele realizou a dois anos atrás. Estávamos na febre de assistir esse filme, então nem paramos pra pensar em opções.

Sinceramente, pra mim foi uma decepção. O Zombie transformou um dos maiores vilões do cinema em um mendigão viking metal, um Zakk Wylde dorme sujo! O Myers foi reduzido da condição de Mal Absoluto à reles marginal. Péssima idéia!!!

No primeiro (o remake) o Zombie quis mostrar uma nova visão sobra a história do Michael Myers e sua transformação em assassino. Transformou ele num gordinho revoltado, fã de Slipknot, com uma mãe stripper e vagabunda (não necessariamente nessa ordem) e um pai alcoólatra. Tinha ficado muito interessante, mas não funcionou bem nessa seqüência. Deixo claro que, mesmo com essas inovações eu gostei bastante do remake anterior.

Na verdade considero algumas seqüências da franquia original bem ruinzinhas, nunca foi uma série que me fascinou muito. Mas acreditem, H2 do Zombie é um coco.

O filme não tem personagens interessantes ou diálogos decentes (um “fuck” a cada três palavras), não tem as trilhas sonoras tradicionalmente boas que o Zombie costuma escolher (mas toca um trecho de Love Hurts, he, he...) e o roteiro é confuso.

Mesmo os primeiros vinte minutos do filme, que o pessoal da net falou que são ótimos, não me animaram muito: basicamente mostra os sobreviventes do primeiro filme sendo levados ao hospital, e ai o bom e velho Michael aparece, mata todo mundo, da um monte de facada (bem violentas, dá até vontade de esfaquear um travesseiro, rs) e força a irmã a fugir manquetola, com a perna engessada. É uma cena bem animada, mas então... ************** SPOILLER *************** a irmã acorda!!! Isso mesmo, era apenas um pesadelo! E aí a coisa só vai ladeira abaixo...

O Zombie desrespeita tanto o seu remake anterior, como o público, pois não da nenhuma explicação para o fato do Michael ter sobrevivido a um tiro à queima-roupa na cabeça, nem para o médico-calígula-laranja mecânica estar enxergando perfeitamente após ter os olhos perfurados no final do remake. Ai, ai, ai...

Pra fuder de vez, eis que surge o fantasminha magoado da mamãe Myers (Sheri Moon Zombie, a baby do Rejeitados pelo Diabo, marca presença em todos os filmes do maridão) vestida de branco e com um cavalo branco ao lado. Rob Zombie: VAI CAGAR!!!

Ah, e o final do filme é totalmente ridículo.

Resumo da ópera: estou malhando o filme impiedosamente porque o Rob Zombie realizou um dos filmes recentes que mais gosto (Rejeitados pelo Diabo), então esperava um filmão! E desse H2 eu não gostei mesmo. Mas, de qualquer forma, o filme é violento (sem ser gore) e serve como diversão. Tenho certeza que muita gente vai gostar. Assistam e tirem suas próprias conclusões.

E torço para que a próxima macabra tenha quorum completo novamente, pouca falação durante a sessão, nenhuma briga e um filme melhorzinho.
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Avaliação do Erik (O fã da Sheri Moon)

E mais um ano macabro começa! Após as merecidas férias pros membros da confraria (e principalmente pro dono da sede, que tem que aguentar a baderna quinzenal!), recomeçamos as atividades nessa quarta feira “metza abafada metza chuvosa”.

Já estava pré decido que o ano comecaria com um dos dois filmes de 2009 que foram “coletados” pelo Pedro nesse período de recesso: “Colin”, filme britânico de zumbi que prega ter sido produzido com míseras $70 doletas, e a sequência do filme “Halloween” de Rob Zombie, sendo que o primeiro já era um dos preferidos da QM.

Aliás, essa predileção pelo diretor Rob Zombie certamente influenciou na decisão por assirtimos “Halloween 2”. Isso sem falar na Sheri Moon...aaahhh... a Sheri Moon.....

Não sei porque cargas d’água o povo tem um preconceito danado com os filmes dirigidos pelo Zombie... O primeiro filme do cara (A Casa dos 1.000 Corpos – eu recomendo!) é um puta filme legal... meio viajandão em algumas partes, mas não deixa de ser um filme exelente. A sequência (Rejeitados Pelo Diabo) é, na minha opinião, um dos 10 filmes de terror mais legais da história. E o remake do clássico de John Carpenter “Halloween” não fica pra trás.

E é aí que a porca torce o rabo, porque não sei exatamente onde nosso amigo maridão da Sheri Moon (aaahhh... a Sheri Moon.....) estava com a cabeça, mas nessa produção ele enfiou os pés pelas mãos.

Spoilersssss

“Halloween 2” começa bem, começando diretamente de onde parou o filme anterior. O nosso querido Michael Mayers segue fazendo suas vítimas, começando pelos legistas, depois descendo a facãozada no povo do hospital onde sua irmã está internada.... E como esse Robbie Zombie filma bem. As cenas mais gore são extremamente violentas, e mostra que Mike não está pra brincadeira!

Daí... foi tudo um sonho. Siiimmm... um sonho da Laurie, irmãzinha do nosso herói (Michael Mayers, lógico) . E é aí que filme descamba. Dois anos depois do encontro com Michael Myers, Laurie Strode tornou-se uma problemática caminhando em direção a loucura. Seu relacionamento com a antiga amiga Ane foi pro quiabo e elas estão sempre em pé de guerra. E temos ainda o psicólogo Dr. Samuel Loomis, que virou um idiota ganancioso, ganhando dinheiro com o livro que baseado na história do massacre do filme anterior. As cenas das alucinações do Michael e da Laurie são exageradas e chatas. E vira e mexe aparece o maldito cavalo branco que não tem o porque de estar lá. Dinheiro jogado fora.

Os poucos méritos do filme são as sequências em que Mike mata alguém. Isso o Robão faz bem demais! A cena em que ele esmaga a cabeça de uma vítima com um belo pisão é uma belezura! Mas só o gore não sustenta o filme, e a sequência final de alucinações é chata de doer.

Mais 2 coisas imperdoáveis pra mim. MICHAEL MAYERS NÃO FALA, GRUNHE, GEME NEM NADA DO GÊNERO. E não mostra a cara. To nem aí se ele ta barbudo ou careca... A cara dele é a máscara e ponto.

Pois é Sr. Marido da Sheri Moon, bola fora.
Agora nos resta esperar a próxima película do Rob
(Tyrannosaurus Rex, previsto pra 2013), e torcer pra termos mais sorte com “Colin”.