terça-feira, 18 de maio de 2010

A Nightmare On Elm Street 2010

Informações Técnicas
Título no Brasil: A Hora do Pesadelo
Título Original: A Nightmare on Elm Street
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 102 minutos
Ano de Lançamento: 2010
Site Oficial: http://nightmareonelmstreet.warnerb ros.com
Estúdio/Distrib.: Warner Bros.
Direção: Samuel Bayer
Sinopse: Jovens são aterrorizados em seus sonhos pelo assassino Freddy Krueger. Refilmagem do clássico do terror A hora do pesadelo (1984), de Wes Craven.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1179056/

Trailer:




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Avaliação do Erik (One, two, Salame-Frito is comming for you...).

Após uma “QM on the road”, na semana seguinte foi a vez de “QM on the Movie”. Quarta Macabra no cinema pra alegria da galera... principalmente minha e do Luizão, que cabemos melhor na poltrona e curtimos um cineminha de vez em sempre. Fora a oportunidade única de degustar o petisco oficial da QM, o Salame-a-Milanesa-do-Capiroto (perdendo apenas pras bolinhas de amendoim e biscoito de polvilho do sôcio).

Sendo que nosso amigo Pedrão estava tomando chimarrão em Porto Alegre, comparecemos ao evento Eu, Luís e André, que não é o the butcher... contando ainda com a Paulinha, que sofre mais do que vê, mas assiste filme de terror mesmo assim! Yey!

O esquenta correu sem grandes novidades... cerveja, salame e petiscos generalizados. Sem novidades até o fim do filme, pois o tal salame resolveu sair mais rápido que o comum do meu sistema digestivo/excretor, e após o filme fui obrigado a fazer um pit-stop pra desovar a guloseima, pois concluí com toda a sabedoria que não chegaria em casa impune. Bom... passarinho que come pedra...

Bora ver o filme.

A escolha da semana foi uma das mais temerosas dos últimos tempos. Afinal, tem que se ter culhões de aço pra mexer com um dos maiores ícones do cinema de terror de todos os tempos. Definitivamente fazer o remake de “Nightmare on Elm Street” requer coragem de pôr a cara pra bater, sabendo-se que os fans mais radicais vão bater um bocado.

Em geral vejo esses filmes com o coração aberto (figura de linguagem, ok? ). Mas a comparação com o original é inevitável, afinal, se o diretor Samuel Bayer não quisesse comparação, deveria ter feito um filme novo, ou chamar esse de “Freddy Mãos de Tesoura”, ou algo que o valha. Eu sei sim que não passa de um remake caça-níqueis, e sendo assim eu passo a não me preocupar mais com isso.

A história todo mundo conhece, mas se você viveu os últimos 30 anos em marte, lá vai. Um molestador de crianças em série foi queimado vivo pelos pais revoltados. Mas daí o bonitão volta do além todo deformado pra doce vingança, aterrorizando a molecada nos sonhos, com a famosa luva com lâminas nos dedos. Na adolescência, eu inclusive fiz uma luva dessas pra mim... com uma luva de lã (essas que você compra na feira) e lâmina de papelão! Daí eu cresci e fiquei assim...

Gostei de muita coisa, e não gostei de algumas outras. Quantos aos atores, Jackie Earle Haley foi uma escolha perfeita pra interpretar Freddy Kruegger, principalemte por não querer imitar o mostro sagrado Robert Englund, que imprimiu uma personalidade tão forte ao personagem que nunca mais conseguiu uma atuação que não tivesse um pouquinho de Freddy. O mocinho e a mocinha do filme não atrapalham, e os outros adolescentes são uns imbecis (como ja é de se esperar dos jovens em filmes americanos), merecendo cada gota de sangue que derramam.

Os efeitos não decepcionam. (SPOILERRRSSSS a partir daqui). A cena em que o Freddy é queimado vivo é show de bola, sendo que nem os CGIs me incomodaram.. e olha que eu sou chato pra chuchu com isso. A caracterização do Fredão também ficou joinha, tentando ser mais fiel a uma fuça queimada de verdade. Tá bom, tá bom, lembra o homem cobra sim, mas mesmo assim eu gostei! A menina morta dentro do saco também é uma lindeza só, e o figura que corta a própria garganta me encheu de alegria! Tem até uma cena meio "exorcista" bem legal.

Mas mesmo assim faltaram mortes mais criativas “a la Freddy”, afinal o filme tem um milhão de continuações com os mais variados tipos de morte, das mais idiotas (Freddy engolindo uma
fulaninha?) até as mais espetaculares (chafariz de sangue do Jonny Depp). E nem vou comentar a falta de peitinhos.... nem na cena da banheira?... aaaaaaahhhh... pede pra sair né? !(Fim dos SPOILERSSSS).

As locações e o visual escurão também são um destaque positivo. As partes de sonho lembram “Silent Hill”. No fim das contas acho que o que mais atrapalha é exatamente o fato de ser um safado de um remake. Se fosse um roteiro novo, com alguma boa idéia, com o mesmo visual e produção, os nerds de plantão não cairiam matando como fizeram (com razão... chega de remake, bando de BVSs!!), e as críticas seriam mais positivas.

No fim das contas achei um filme supimpa. Teve gore e aflição, e não teve surpresinha por ser remake-safado-caça-níqueis. Com certeza vai agradar ao público “leigo”, e se os experts no tema não fossem tão chatonildos iriam se divertir também. Recomendadíssimo.

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Avaliação do Luisão (tree, four... salame-frito burning through your back door)


Quem tem mais de vinte e cinco anos de idade como eu, deve se lembrar daquele desenho clássico da Hanna-Barbera produzido na década de 70 e repetido a exaustão, com uma gang de motos falantes que perseguiam um simpático fusca e sua namorada (fusca de laço no teto), que tinha como co-protagonista uma lambretinha agourenta, que quando o plano das motocicletas dava errado ficava repetindo o bordão: “eu te disse, mas eu te disse!” Pois é... aqui no contexto seria: “five, six, eu te disse, mas eu te disse!” (rimou um pouco, vai!)

Quantas vezes eu registrei aqui minha indignação com a porção de salame a milanesa, ou como o Erik chama, salame-frito do boteco da Rua Augusta??? Imaginem quanto eu já recriminei esse hábito seboso pessoalmente para o colega macabro e sem noção??? Então, tenho agora que ter dó da dor-de-barriga dele? Não, não tenho!!!

Mas calma, que já já, vem o Pedro aqui todo preocupado, dar as habituais condolências ao “fiofó” do Erik pelo evento salame a milanesa do esquenta dessa macabra aqui relatada. Aliás, se eu fosse um cirurgião alemão mutcho loco, e fosse fazer uma centopéia humana com os meus amigos, já saberia em que lugar na composição eu colocaria o Pedro... ... ... ... mas não vou contar... será surpresa... ou melhor, será uma homenagem ao Pedro, he, he, he...

Chega de falar disso... vamos ao remake do Freddão.

Todos concordam que a idéia é infeliz até a medula... a franquia A Nightmare on Elm Street já tinha virado fuzarca faz muito tempo... Infelizmente, devo ressaltar, porque o primeirão do Wes Craven de 1984 é um filmão, clássico dos anos 80, marcante na minha adolescência, uma das razões para eu estar hoje aqui fã de filme de terror, e um dos simbolismos pop dos anos oitenta.

Só que a franquia foi mal conduzida. Depois do primeiro excelente filme, veio o 2 que muita gente gosta, mas eu não... nunca engoli aquela estória do Freddy sair dos sonhos para a vida real, rasgando a pele das vítimas... tá, a cena do massacre na festa da piscina é maneira, concordo, rsrs...

Menção honrosa a terceira parte da franquia... volta a Nancy original, o Wes Craven (no roteiro)... e até que que temos um bom filme de terror. Depois virou anarquia, arruaça... zuaram o Fredão, culminando no confronto com o outro zuado da década de 80, o Jason Voorhees!Resumindo, tornaram o Freddy Krueger um ícone pop das crianças, uma figura praticamente cômica.

Abre parênteses: tenho nítido que continuações só prestam se existe uma estória a ser contada, uma saga... por isso que quando as pessoas citam boas continuações, sempre são as mesmas: O Poderoso Chefão, Star Wars, O Senhor dos Anéis! Fecha parênteses.

Bom, dai que surge “The New Wave of Eightie’s Horror Remakes” (vou registrar esse termo no INPI), com Sexta-feira 13, Dia dos Namorados Macabros, Halloween... faltava só o nosso querido Krueger. Faltava, não falta mais!

De cara o sacrilégio: Robert Englund fora do projeto!!! Depois o Wes Craven se posicionando contra a produção do filme... ai, ai, ai...bosta a vista!!!

Como o Erik escreveu ai em cima, nós dois em especial somos literalmente fãs de cinema... de freqüentar salas de cinema (como ele escreveu: nós cabemos confortavelmente nas poltronas de cinema uahuahauahauah). Então quando estréia qualquer filme de terror em cinemas paulistas, eu aceito ir de coração aberto pela balada em si (exceção das seqüências dos Jogos Mortais e Premonição que eu não suporto).

Pois bem, tanto o Erik, como o André e a Paula presentes nessa Macabra no cinema, devem lembrar que eu não estava ranzinza... pelo contrário estava de bom humor, e assim achei o filme bem divertido, longe de ser a “nhaca” que os cinéfilos pentelhos andam espezinhando... mas, não perdi o senso crítico... o filme tem alguns defeitos!

O mais legal no filme original, “a grande sacada”, era que nunca sabíamos se os protagonistas estavam dormindo ou acordados, ai a aparição do Krueger surpreendia de forma eficaz. O remake caga nisso. Tanto o roteiro, como a fotografia, se prontificam a avisar que a pessoa está sonhando e o Krueger vai te assustar

Até fica aquela sensação que estão seguindo de forma respeitosa o material original... na verdade estão mesmo, mas os tiques do diretor dessa versão 2010 tem os principais defeitos (na minha opinião) do cinema de terror atual: e tome cortes bruscos e sustos previsíveis com volume alto o tempo inteiro. E isso torna inevitável que o Freddy Krueger fique superexposto, o que é ruim nesse filme, assim como jogaria contra qualquer filme de terror.

Bom, mudaram um pouco o roteiro... no original o Krueger era um serial killer de crianças... aqui é um jardineiro pedófilo do Jardim da Infância... achei uma boa idéia, mas podia ser melhor aproveitada.

Na net tem um termo que está sendo usado pra apelidar a seqüência inicial da versão 2010, onde seguimos primeiro uma protagonista-falsa: “efeito-psicose” (quem assistiu, lembra que Hitchcock faz o mesmo, culminando na cena da morte no banheiro, e o surgimento da real protagonista do filme). A Nancy desse remake só toma seu posto de heroína com a morte da falsa protagonista (é acena de morte mais tensa, a do teto). Isso eu achei muito legal!!!


A maquiagem do Krueger está mais from hell aqui, parece realmente uma vitima de queimaduras, gostei bastante. Mas o personagem perdeu o sarcasmo e os diálogos maliciosos, divertidos. Jackie Earle Haley não se saiu mal, muito pelo contrário, foi o próprio roteiro que se encarregou de atrapalhar o trabalho de caracterização do ator.

Acho que é isso. A principal diferença com o original é que aquele, apesar de nunca ter sido uma obra prima do terror, como O Exorcista, O bebe de Rosemary, O Iluminado, ainda assim possuía uma alma, uma certa coerência bizarra... dava medo!!! O remake não tem isso.

É um filme ruim? Não, não é. Você se diverte de boa, toma sustos, tem momentos de nostalgia. Eu fui embora do cinema me sentindo compensado pelo preço do ingresso. Mas, obviamente que é totalmente inútil, desnecessário, não acrescenta nada e faz a gente pensar na tese da falta de criatividade ou interesse dos roteiristas americanos, frente ao gênero terror.

Pior que eu lembrei agora que temos o remake do The Crazies, pra eu votar contra nas próximas macabras...

Assistam e se divirtam... ou não!

2 comentários:

  1. Só tenho uma coisa a dizer ... sempre morri de medo do cara, desde pequenininha ... por que cargas d'água fui inventar de ir no cinema com eles!?!?! Obviamente que passei metade ... ok,ok ... quase o filme todo, com as mãos nos olhos e assistindo por entre os dedos ... e não é que ainda assim tomei sustos!!!!!

    O filme é legal, me dá medo sim e váááários sustos!

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  2. oi pessoas! o blog está um primor!me deu até vontade de ver esse novo Freddy e matar as saudades do tempo moleca...bj

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