quinta-feira, 15 de julho de 2010

Penance

Informações Técnicas:
Titulo Original: Penance
Pais de Origem: USA
Direção: Jake Kennedy
Gênero: Terror
Duração: 98 min.
Estúdio: Clever Worm Entertainment
Direção: Jake Kennedy
Uma mulher inocente jovem é forçada a se tornar uma stripper por causa de problemas financeiros, e acaba caindo nas mãos de um depravado fanático religioso.

IMDB: http://www.imdb.pt/title/tt1261414/

Trailer:
_____________________________
Avaliação do Luisão (finalmente um filme do Buttman na macabra)



Depois de um longo e rigoroso inverno, venho aqui dar meus “pitacos” mau redigidos e sem noção sobre os filmes assistidos na Quarta Macabra.

Pura falta de tempo!!! Dedicação total ao trabalho. Ficaram dois filmes das últimas semanas em aberto para avaliar, e prometo que pelo menos em um deles vou postar avaliação aqui no blog.

Nessa macabra tivemos a baixa do Andrézão. Ficou no estaleiro: deu mal jeito nas costas, segundo ele carregando algo pesado... deve ter enchido o isopor de cerveja demais...

De qualquer forma, o Pedro, o Erik e eu honramos o compromisso semanal.

A temperatura e o tempo chuvoso desanimaram esquentas fora da sede, assim, rolou apenas a cervejinha básica em casa mesmo.

O único acontecimento fora do comum foi a visita de um casal de queridos amigos, a Cris e o Ale que foram buscar 120 kg de ração para cachorro, que doamos (Paula e eu, porque o Erik e o Pedro gostam mesmo é de bicho na grelha) destinados a um abrigo que resgata cães que sofrem maus tratos nas ruas.

Leitores que quiserem conhecer o trabalho e se dispuserem a ajudar, seguem os links abaixo:

http://www.jardimdosamiguinhos.com/
http://jardimdosamiguinhos.fotoblog.uol.com.br/

Não que eles tenham ficado muito tempo vendo o filme, mas agradecemos essa primeira visita rápida, e que voltem um dia com mais calma.

Estamos vivendo uma pequena entre safra de filmes de terror atraentes. Na verdade temos alguns filmes que prometem, mas ainda sem legenda em português. Daí que as opções na votação se resumiram a dois filmes com pouca chance pra essa semana (Zone of the dead e Laid to rest) e outros dois que realmente disputaram a exibição (Die a violent death e o Penance que acabou vitorioso).

Passamos a sessão. Os primeiros quinze minutos do filme são de pura alegria. Mulherada pelada, striptease, peitinhos, putas... com câmera em primeira pessoa... tipo os vídeos pornôs que ficaram conhecido no começo dos anos 90 como gonzos, cujo mais famoso diretor da safra foi o John “Buttman” Stagliano (menção honrosa para o Seymore Butts, para o Max Hardcore e para o Ed Powers).

Bom, por mais que eu vou tentar evitar spoilers sobre o desenrolar da história, a cena que abre o filme já seria um baita de um spoiler.

Como mencionei acima, o filme explora a mesma técnica de filmagem em primeira pessoa de filmes como Diário dos Mortos (Diary of the dead) de George Romero, A Bruxa de Blair entre outros.

Basicamente acompanhamos a personagem de nome Amélia que em crise financeira e profissional, opta em se tornar uma stripper para sobreviver, sem ter muita vocação para a tarefa. Não que seja feia, pelo contrário, mas é cheia de virtudes morais, e fica consternada em ter que tirar a roupa para sobreviver.

Passa então a ter aulas com outras gostosas... digo, boas atrizes, de como proceder: tirar a roupa, ficar deslizando naquele mastro (no bom sentido, é claro) e tal. Não preciso dizer que esse momento do filme é composto de cenas de inimaginável beleza. Um verdadeiro deleite. Se acabasse nesse momento seria uma obra de arte do cinema moderno, quase um Kurosawa, um clássico imediato. He, he, he...

Mas como a vida de stripper não é feita só de flores, nossa heroína Amélia tem que substituir sua professora de nu no mastro, em um evento de um suposto milionário excêntrico. Não preciso falar que é ai que a porca torce o rabo.

O local onde ela vai fazer o show lembra um hospital pequeno, onde Amélia é recepcionada por uma enfermeira gorducha e colocada numa sala de espera com mais duas gosto... digo, boas atrizes, onde devem esperar serem chamadas para o show no mastro e tal.

Trata-se de uma espécie de grupo fascista que tem como meta empregar a violência para “conter a degradação moral” da sociedade. Idéia de rico europeu que está entediado. Aliás, essa idéia já foi explorada por inúmeros filmes como o ótimo Frontiers. Lá, o nazismo era pano de fundo, aqui fica subentendido uma doutrina de supremacia caucasiana européia que se percebe pelo visual dos personagens e o sotaque.

O filme a partir da metade da narrativa, deixa a putaria de lado (nhé), e embarca numa viagem de violência, tortura, abuso e mutilações, lembrando um pouco algumas cenas mais fortes do Hostel de Eli roth.

A atriz principal, Marieh Delfino tem uma ótima performance como a doce e desesperada Amelia, enquanto que um dos poucos rostos mais conhecidos do filme Michael Rooker (Mississipi em Chamas) tem uma breve aparição com um risível figurino de cafetão.

Eu achei no encerrar das contas, um bom filme com uma narrativa dinâmica que consegue te prender até o fim. Apesar de ser “mais um na linha uma câmera na mão”, conseguiu transmitir a devida dose de suspense e realismo necessários a uma empreitada como essa.

Se fosse resumir, o filme nada mais é que mais um dos que exploram o tema do “caçador-presa-caçador”, mas de forma competente.

Cena de destaque: a do líder do grupo fascista que corta as próprias bolas e vira um castratti tipo o André Matos... podem apostar, logo, logo, vai largar essa bobagens de tortura e montar um banda de metal melódico.

Recomendo!


Nenhum comentário:

Postar um comentário