quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Colin

Informações Técnicas
Titulo Original: Colin
Diretor: Marc Price
Produção: Marc Price
Roteiro: Marc Price
Duração: 97 min.
Ano: 2008
País: Reino Unido
Gênero: Terror
Estúdio: Nowhere Fast Productions
Sinopse: Colin (Alastair Kirton) é mordido por um zumbi e morre. Ele retorna como morto-vivo e se aventura em um mundo novo e selvagem, tomado por zumbis que invadem as ruas e provocam um apocalipse. Para sobreviver, Colin enfrenta outros seres da mesma espécie, além da ação dos humanos que sobreviveram

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1278322/

Trailer:

____________________________________
Avaliação: Pedro (O Colin do dia 2 de Novembro)

Depois de uma reestréia com um final meio tumultuada, essa Quarta Macabra correu na mais santa Paz, sem muitas novidades no esquenta, como o quorum estava baixo, pulamos a primeira parte do esquenta no bar do Ton, e fomos direto para Sede debater sobre o BBB 10, rsrsrs

O Filme escolhido por unanimidade foi o Colin, filme que ficou famoso por ter tido um baixo orçamento (cerca de U$ 70) na verdade o filme custou muito mais... U$70 foi o que saiu do bolso do diretor e produtor, todo o resto ele conseguiu de graça com amigos. Foi dito por ele que só gastou com café no estúdio e com um pé de cabra. Rsrsrs Colin foi exibido e aclamado no festival de Cannes o que nos deixou mais curiosos ainda... o que o publico de Cannes entende de Zumbi ???? rsrrs

Estou com esse filme a muito tempo, mas estava aguardando uma legenda para ele... grande bobagem, pois o filme quase não tem falas.

A idéia é bem original, mostrar uma invasão zumbi pela ótica de um contaminado, todos os outros filmes do gênero a visão é sempre de um grupo de sobreviventes. Colin mostra as etapas, desde a contaminação até o apodrecimento do sujeito, (que da nome ao filme) passando pela transformação.
Logo após a transformação Colin sai as ruas pra zumbizar, no mais clássico estilo Zumbi mocorongo, e olha que ele caprichou na mocoronguise me lembrou muito nossas atuações nas Zombie Walks.. rsrsrs

Enfim, o filme é isso, não tinha nem como tentar elaborar um roteiro mais complexo, Colin grunhindo por ai, procurando um lanchinho, deparando com alguns sobreviventes, alguns sendo comido, outros tentando matar o maior numero de zumbis possíveis antes de se entregar, em alguns momentos encontra outros zumbis, mas na verdade ele não se junta as hordas, prefere vagar como um lobo solitário rsrsr.

O diretor consegui passar bem a sensação de ser um zumbi, em determinados momentos parece que ele vai ter uma luz de consciência, como no momento que pega uma peça de Lego ou quando pega um IPOD de um cara sendo comido, mas para nossa sorte isso não acontece, e Colin volta a zumbizar.

Podemos discutir todo esse aspecto, de características zumbis ou não, o que pode ou não pode um zumbir fazer... mas acho bobagem, é uma discussão sem fim e sem fundamento, prefiro me abster desses detalhes, como por exemplo, Colin parecendo sentir dor em determinados momentos (Zumbi não sente dor, zumbi não ouve Ipod, rsrs ) mas esses detalhes pouco interferem.

É nítida a falta de orçamento e o amadorismo, mas tudo feito com competência o que torna Colin um bom filme, as cenas gore não são exageradas, mas são muito boas, destaque para cena que um sobrevivente é puxado pra dentro de uma janela por um grupo de zumbis e quebram os ossos da perna.

A Londres devastada não é nada comparada com a Londres de Extermínio por exemplo, mas é bem feitinha e consegue passar a ambientação do filme. Tirando um CGI de um prédio pegando fogo... rsrs muito ruim.

Não gosto muito de cenas com câmera tremendo, mas são necessárias em alguns filmes principalmente em filmes com orçamento baixo, porém em Colin essas cenas são longas e cansativas uma dosagem um pouco menor desse artifício seria o ideal, mas nada que comprometa o andamento nem a qualidade.

Recomendo.


PS. Ah Lembrei.... Valeu Erik pela criação do nosso novo Logo ai em cima !!!
_____________________________________
Avaliação do Luisão (aos amigos eu só peço uma coisa: se um dia eu virar zumbi, não deixem ninguém roubar minhas havaianas!!!)

Essa semana oficialmente nós não teríamos Quarta Macabra. Primeiro pelo regime de quinzenalidade, e outra pelo barraco da semana passada.

Mas, a vontade de realizar o maravilhoso evento venceu. Em conversa com o Pedro e o Erik, acabamos combinando em cima da hora a macabra de ontem, e em razão disso, não conseguimos agendar com o André e o Luizinho. O primeiro estava viajando, e o segundo tinha compromisso... e pra ser melhor que ir na macabra, deve ter sido um encontro com uma bela loira... ou duas...

Fato mais impressionante do esquenta de ontem: bebemos só 13 latas de cerveja em três pessoas!!! Incrível.

Falamos de váááários assuntos, nitrogênio, Pandora, Avatar, mas o que mais prendeu atenção dos macabros foi o BBB 10, a primeira edição praticamente feminina do programa...

Então, assistimos Collin, uma produção inglesa, diria eu que amadora, cuja lenda é: custou apenas USS$ 70,00... sei lá se é verdade.

A abordagem do roteiro vem com a alcunha de inédito: um filme de zumbi pela ótica do zumbi!!! Explico: O filme tem início quando o Collin entra em casa ensangüentado, com uma mancha vermelha no peito (eu achei que ele tinha sido mordido no peitinho, rs), com uma mordida no braço.

Acompanhamos os primeiros sintomas da infecção, a putrefação no braço se alastrando, até que nosso herói adormece e já acorda zumbi.

Pois bem, a partir daí passamos a acompanhar a adaptação de Collin a essa nova condição de vida... ou seria de morte... Condição de morto-vivo, pronto!

Em outros gêneros de filme de terror, já acompanhamos esse mesmo prisma. É até comum em filmes de vampiro. Acompanhamos a adaptação de um personagem a condição de vampiro (vide Entrevista com Vampiro, por exemplo), ou mesmo de lobisomen (Um lobisomen americano em Londres). Mas em filmes de zumbi, realmente eu não tenho conhecimento de nenhuma outra produção com esse foco.

E sabe porque ninguém teve essa iniciativa, nem o bom velhinho Romero? Porque zumbi é tudo idiota! Acompanhar um ser que parece que tomou todas, só grunhi, fica com cara de imbecil, não morde ninguém (se procurarmos o termo “Zumbi-mocorongo” no dicionário tem uma foto do Collin como definição), realmente parece chato.

Ai, a grande qualidade do filme... o diretor/produtor, teve a sensibilidade de transformar tanta mocoronguisse em empatia com o expectador. Tem momentos emos? Tem, sim... o fato dele ficar meio que solitário, afastado dos outros zumbis, buscando traços de memória da vida humana, olhando fotos, etc, buscam alguma comoção, mas por sorte o filme não se resume a isso.

Mesmo com a produção modesta (beeeeeeem modesta), algumas soluções visuais são funcionais... câmera tremida tira o foco da maquiagem de zumbis feita de slug, da falta de ação das cenas de ação, etc.

Uma cena me chamou atenção, um grupo de sobreviventes está na sala de uma casa se defendendo de uma horda de zumbis, com panelas, guarda-chuvas, etc... parece bobo, mas a cena é bem feita, chega a ser angustiante. Grande momento.

Outra boa idéia do roteiro surge quando a família do Collin o aprisiona dentro de casa, por não saber como lidar com o problema. Logo ele ganhará uma hóspede, rsrs...

O final é daqueles comoventes de tão chorantes... e mostra como o Collin se infeccionou. E diálogo? Pouco tem!

Saldo final? Totalmente positivo!

Pelo teor desta avaliação, pode dar a impressão errada que eu não gostei. Na verdade, gostei muito.

Entretanto...

Muita maldade roubar tênis de zumbi! Nessa hora eu senti falta de um zumbi velocista, a la Dawn of the dead remake, pra apavorar os “manos do curintia”. Não se faz isso com zumbi!!! O Menino Jesus chorou...
_____________________________________

Avaliação do Erik (vida de zumbi não é moleza...)

Aaahhh... agora sim!

Após uma começo de ano meio conturbado, com filme ruim e ânimos alterados, conseguimos dar uma corrida atrás do prejuízo essa semana, apesar da ausência de 2 participantes.

Antes de mais nada, quero deixar aqui meu protesto quanto ao esquenta pré-filme... olha, sobre terror não falamos muito não.... mas sobre o BBB10, jesuiiisssssss.... achei que o Pedro e o Luizão iam desitir de ver o filme pra torcer pro tal de Dourado... Nessas horas o André faz falta....

Mas, vamos ao que interessa... o tão esperado filme britânico “Colin”.

O diretor, roteirista, produtor, enfermeiro, maquiador e acessor de assuntos aleatórios Marc Price tem uma série de méritos a serem considerados. Além do bom resultado do filme em si, que parte de uma idéia extremamente original quanto a abordagem, não tenho dúvida que divulgar o filme como sendo o mais barato da história, sendo gasto apenas $70 pilas, colocou o diretor na história dos filmes de zumbi. Quem se importa se é verdade ou não?

O moleque protagonista jé começa vítima de uma mordida... e, como você pode imaginar, não foi um cachorro que mordeu não....

Conforme o filme evolui, Colin vai ficando mais “morto”, e menos consciente do que está acontecendo. Apesar dele ser um dos zumbis mais mocorongos que eu ja ví, quase uma múmia paralítica, inconcientemente isso me remeteu a algo verdadeiramente MORTO, que literalemente rasteja por aí, com um deficiência motora severa, distante da realidade do que acontece ao redor, movido apenas pela fome insaciável por carne humana. Se tivesse “Zumbi do Romero” em algum dicionário, provavelmente essa seria a descrição.

As soluções pra falta de orçamento são muito bem aplicadas, e o estilo de filmagem em alguns momentos me lembrou “Evil Dead”. E isso é sempre bom! De fato a película poderia ter 20% menos câmera tremida, e 5% mais emprenho no roteiro. Mas não se pode ter tudo nessa vida. Eu também queria ter 100% mais dinheiro na minha conta bancária... e não tenho.

Um destaque também pro clima triste e soturno do filme. Me fez lembrar o clima do “Day of the Dead” (na minha humilde opinião, o melhor filme da trilogia clássica do Romero). O aparecimento da irmã do Colin humaniza a história, e foi mais uma bela sacada do diretor.

Dizer que esse é um filme absolutamente genial seria exagero, mas também não decepciona em nenhum ponto. O filme cumpre com louvor o que se propões a fazer. Mostar a ótica do zumbi, e não a dos sobreviventes.

Se antes eu já torcia pros zumbis, agora a legião de mortos vivos conta com a minha sincera e redobrada simpatia! Ser zumbi não seve ser mole não!

Nenhum comentário:

Postar um comentário