segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Drag me to Hell

Informações Técnicas
Título no Brasil: Arraste-me Para o Inferno
Título Original: Drag Me to Hell
País de Origem: EUA
Gênero: Terror
Tempo de Duração: 99 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Estúdio/Distrib.: Universal Pictures do Brasil
Direção: Sam Raimi
Sinopse: Christine Brown (Alison Lohman) é uma ambiciosa analista de crédito de um banco de Los Angeles, que tem um ótimo namorado, o professor Clay Dalton (Justin Long), e um futuro promissor. Um dia, a senhora Ganush (Lorna Raver) chega ao banco, implorando que prorrogue o pagamento de sua hipoteca. Mas, para agradar ao chefe, Christine nega o pedido, fazendo com que a senhora seja despejada de sua casa. Como retaliação, a senhora Ganush lança uma maldição sobre a jovem e sua vida se transforma em um verdadeiro inferno.

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1127180/
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Avaliação: Pedro (Que esperava filme sério)

Mais uma Quarta Macabra especial no Cinema, quorum quase que completo, dessa vez faltou só o Luizinho, Expectativa no máximo... filme do Sam Raimi grande idealizador da trilogia Evil Dead, conhecia a história do Drag, e me ative a apenas ver o trailer, que passa uma imagem séria do filme e que criou uma super expectativa de filmão máster blaster. O trailer mostra uma frase em destaque, THE RETORN OF TRUE HORROR.

O Filme começa bem, até a cena em que a veia cigana suja joga a maldição na mocinha do banco que nega a extensão da hipoteca da casa dela, logo depois a veia e a mocinha brigam no estacionamento com direito a régua na guela dentadura caído, festival de pataquada, um filme logicamente na linha do Evil Dead, clássico do Sam Raimi, minha decepção foi tão grande que não consegui abstrair e curtir o filme como deveria, estava esperando o que me venderam... THE RETORN OF TRUE HORROR, todos os fans de filme de terror respeitam muito o Sam Raimi e eu não sou exceção acho que só pelo Evil Dead 1 e 2 ele já deve ser reverenciado, no 3 ele cagou, mas vamos esquecer isso, ele produziu muitos bons filmes depois disso, dirigiu a trilogia Homem Aranha, produziu o excelente 30 days at night, mas também produziu muita merda como por exemplo o The Messengers 2 ( O filme do fazendeiro bocó que ta ai embaixo ) Então a tarja Sam Raimi não é certificado de filme bom.

Voltando ao filme, como não consegui abstrair e curtir o filme como deveria, achei tudo chato e com muito defeito, muitos deles obviamente propositais e exagerados se você quiser ver na óptica de filme de terror, a atuação da mocinha é ruim, cansativa, não passa angustia, não convence de nenhuma forma, o vidente também é péssimo, a cena do “exorcismo” (não é bem um exorcismo, é mais como se fosse uma macumba pra tirar a maldição) é horrível, sem nenhuma criatividade, e descamba para comédia escachada quando o espírito maligno (LAMIA) entra no bode e o bode começa a falar... kkkkkk lembrou muito Black Sheep. Logo após outro vidente que tava na mesa redonda começa a voar parecendo uma marionete, faltou só ver os fios que o puxavam para estragar de vez a cena. Rsrsrs.

Mesmo com todo esse ódio no coração consegui gostar de algumas coisas, o desfecho da história foi bem bacana, a caracterização da veia cigana suja também estava boa, a cena que aparece a sombra do bode pela fresta da porta, e os sustos... tomei vários, todos fora de hora, do nada, mas alcançou o objetivo com louvor... kkkkk destaque para o susto da veia cigana suja atrás da cortina, dei uma piscadela considerável.. kkkkkk

Volto a repetir, não quero ser mal interpretado, tenho sido do contra nos últimos 10 filmes.. tenho certeza que vou rever esse filme em breve, com coração aberto para um filme hibrido entre terror e comedia escrachada, e tenho certeza que vou gostar muito mais do que gostei, aqui no blog não vou ter direito a relatar minha nova experiência mas nos comentários com certeza postarei... Dessa vez estou me sentindo enganado e detestei o filme.
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Avaliação do Luisão (aquele que já sabia que ia adorar o filme)

Pra fazermos uma inversão de posições (no bom sentido) do filme anterior para este, ataque e defesa entre o Pedro e eu, após o Quarantine que eu não vi e não gostei, e acabei magoando o Pedro porque critiquei a insossa irmãzinha do Dexter, que é outro ídolo sexual do Pedro (o Dexter, não a irmã), eis que fomos assistir o Drag me to hell.

Como o Pedro é um picareta, ele deve ter ficado de olho no cinema só pra ver minha reação. Se eu estivesse fazendo cara de limão, eu acho que ele ia ter adorado o filme e o desempenho da atriz principal, como eu me diverti muito, ele odiou tudo, he, he...

Brincadeira é óbvio, ele não gostou porque não gostou, e justificou direitinho na avaliação ai de cima, mas que foi uma coincidência porta de entrada para nova polêmica, ah isso foi, rsrs.

Mas, ao contrário do que eu imaginei, por ter visto ele saindo cuspindo fogo do cinema e por saber que eu ia ser do contra, rsrsrs, achei que ele ia lavar a égua muito mais na avaliação acima.

Foi um gentleman como sempre. Meio mal informado sobre o que podia esperar da nova película do Sam Raimi, mas foi gentil.

Considerações preliminares feitas, vamos ao principal: o filme!

Essa sessão foi nossa Primeira Macabra Avant Premiére, na estréia do Drag me to Hell nos cinemas aqui de Sampa.

Esquenta conturbado antes da sessão e fomos lá

Bom, eu ansioso que sou já tinha lido opiniões e comentários e sabia que a intenção do Sam Raimi ao voltar ao gênero que catapultou sua carreira de diretor, era revisitar o terror escatológico abusando das cenas de humor negro.

Acredito que seja esse o diferencial entre eu e o Pedro, ele estava esperando terror sério, já eu estava esperando por um Evil Dead da Nova Era, e sai do cinema sorrindo.

Fica a dica: Pedro vê se te orienta rapa! Ler um bocatiquinho antes sobre o filme às vezes ajuda.

Mas sem brigas, ok? Aliás, acho que vou começar a tomar florais de Bach pra parar de ser tão bélico, rs...

Bom, como já deve ter ficado nítido, em oposição ao ódio do Pedrão eu adorei!!!

Filmaço, de cara o filme começa com o logo do Estúdio Universal nos anos 80, o que já me deixou com o maior sentimento de nostalgia.

Meu único receio quando li que o filme tinha toques de humor, foi que fosse uma palhaçada. Que nada. Sam Raimi faz rir da desgraça alheia. Esse é o dom dele.

Siiiiiiiiim... a comparação é inevitável, afinal o cara fez os Evil Dead (na minha opinião uma das melhores séries de filmes de terror de todos os tempos, aliás Evil Dead 2 que assisti nos cinemas em 1985 é talvez o culpado de eu ser um viciado em terror há tanto tempo!!!).

E não tem como falar em Sam Raimi sem pensar em Evil Dead... pra mim até a trilogia do Homem Aranha é conseqüência do sucesso dele no terror, rsrs...
E diria que, guardando uma série de considerações técnicas, de vivermos uma outra época, outra geração, etc, etc... este filme pode sim ser comparado aos Evil Deads... mas não por ser melhor ou pior, até porque na minha opinião é inferior, mas pelo estilo, a assinatura do diretor.
Calma! Não me xinguem ainda, he, he, he...

É que Drag me to hell é totalmente Sam Raimi... o filme todo tem características básicas que não deixam dúvidas quanto a quem dirigiu: as cenas; o movimento de câmera; os efeitos de som; a casa que range; a maquiagem do mestre Gregory Nicotero (responsável por Day of the Dead o original, claro, o Evil Dead 2, Demons, Creepshow 2, entre outros); o bode quando incorporado que remete a cabeça do alce possuído na parede da cabana em um dos delírios do Ash em Evil Dead 2; o auxiliar da mãe-de-santo-tex-mex possuído por “Lâmia” flutuando que nem uma marionete puxada por cordinhas igual aos possuídos dos Evil Deads, tudo lembra a série clássica.

Até a premissa da estória é a mesma: maldição que libera demônio que vai vir pra quebrar tudo! Lá era pelo Necronomicom (é isso???), aqui é a maldição da cigana banguela.

E o momento mais saudosista de todos: o bom e velho “carro do Ash”, o dodjão bege que me lembra do meu Opalão seis canecos (ai, ai... é hoje to saudosista mesmo), também está presente, como sendo o carro da cigana velha suja que primeiro aparece na hilária briga da garagem, depois na casa da cigana caolha e desdentada.

Juro que me emocionei, agora, rsrsrs...

Mas o filme novo perde pra Evil Dead pelo ritmo. Enquanto o clássico não dá descanso nem pro Ash, nem pra quem tá assistindo, o Drag me... é mais pausado, menos porra-louca.

E o Sam Raimi tem uma característica muito pessoal em dar sustos, diferente de outro mestre, o diretor tailandês do Shutter/Alone. Raimi sempre deixa claro para o espectador que os momentos de paz são meros artifícios para potencializar o susto por contraste.

Assim o Raimi cria um sádico joguinho que freqüentemente leva a gente a rir por saber que um susto está por vir e que mesmo antecipando este susto, o salto na cadeira será inevitável.

Já em outros momentos, o riso surge como conseqüência do bom humor negro, como no instante em que a protagonista passeia pela casa chamando ameaçadoramente seu gatinho de estimação, e é um toque bacana perceber como a sombra de Christine se projeta sobre o bichinho exatamente como a sombra do demônio surge sobre ela própria, já que, naquele instante, ela é, para todos os efeitos, a “Lâmia” do pobre animal.

E o Raimi demonstra estar se divertindo a valer por trás da câmera ao conceber seqüências que abusam de cortes secos, quadros inclinados, closes incômodos e zooms rapidíssimos.

Só senti falta dos efeitos mais artesanais. Essa porra de CGI, em muitas cenas atrapalha, como a cena do cara vomitando o gatinho, ou do braço na boca. Ele poderia ter usado sangue artificial em galões que ninguém ia achar ruim não. CGI ficou muito mais falso!

E temos cenas divertidas, lado a lado com sustos inesperados.

Primeiro as divertidas: a cena que a atriz principal sangra o nariz na frente do chefe no banco é sensacional, fazia tempo que eu não ria desses absurdos em filmes gore.

A luta que já mencionei acima, na garagem, pra mim é um clássico instantâneo, quando eu tiver o dvd, vou rever e mostrar pros amigos em casa até a exaustão (quem me conhece sabe como é isso, rs)... a freiada com a cigana de unha suja perdendo a dentadura vou rever muuuuuuuuuuitas vezes, rsrs...

E ciente de que a escatologia também é um prato cheio para o humor (algo que ele explorou muitíssimo bem na trilogia Evil Dead), Sam Raimi abusa das imagens repulsivas e a boca de Christine (a protagonista) parece funcionar como uma espécie de imã para todo tipo de secreção nojenta... a cena do velório, que o caixão vira é impagável... quando o cadáver surge vazando fluidos, a impressão é a de que litros e mais litros estão sendo expelidos do corpo.

E a coisa vai ficando cada vez mais over, até que finalmente escancara quando Christine resolve atirar uma bigorna na cabeça da vilã, e toma mais uma golfada de nojeira... desconheço algo que seja mais de desenho animado do que uma bigorna, vide papa-léguas, rsrs

Pois bem, com uma história de fácil compreensão, o filme não apresenta nada de novo, concordo com o Pedro, mas dá impressão de ter sido feito com muito entusiasmo e disposição.
Discordo do Pedro, sem fazer comparações com a irmã songa-monga do Dexter, quanto a Christine, pois achei ela simpática, frágil e impotente, e mesmo diante de um caso sem solução apresenta atitudes de fácil identificação com o espectador.

E sei que tomei váááááááááários sustos. A cigana suja, desdentada, de unha podre e caolha, no mínimo manda uns 3, 4 sustos: na cama, no carro, na cortina, etc, etc... e até a porra do lenço me assustou, he, he, he...

Na minha opinião, depois de Martyr esse foi o melhor filme do ano nas macabras!

PS - Informação tirada do site Omelete: a trilha instrumental que acompanha os créditos finais foi originalmente composta por Lalo Schifrin para O Exorcista, tendo sido descartada pelo diretor William Friedkin.

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